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Em meio à fusão com Podemos, Tasso defende que PSDB siga na oposição
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Em meio à fusão com Podemos, Tasso defende que PSDB siga na oposição

|Nacional|O ex-senador tucano disse que o partido não irá mudar seu posicionamento por "cargos de governo". Ontem, tucanos aprovaram fusão com Podemos
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O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) (Foto: Fotos Yuri Allen/Especial para O Povo)
Foto: Fotos Yuri Allen/Especial para O Povo O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB)

O ex-senador Tasso Jereissati se manifestou sobre sua avaliação do posicionamento do PSDB em nível nacional e estadual. De acordo com o tucano, a população colocou o partido na oposição, situação essa que não será trocada por "cargos ou benesses de governo".

Ele se manifestou por meio de vídeo publicado na quarta-feira, 4, nas redes sociais do PSDB, um dia antes da sigla realizar convenção partidária onde foi aprovada a fusão com o Podemos.

"Cearense, o PSDB, no plano nacional, acabou com a inflação e criou o Plano Real. No Ceará, uma administração revolucionária, acabando com os vícios da antiga política", disse o ex-governador do Ceará.

Prosseguiu: "Porém, desta vez, o povo nos colocou na oposição e nós nunca trocaremos a nossa situação por cargos ou benesses de governo".

Ontem, convenção nacional do PSDB autorizou incorporação com o Podemos. Os dois partidos pretendem se reunir na próxima semana para fechar os últimos ajustes da união. O placar final terminou com a aprovação de 201 delegados. Votaram pela rejeição duas pessoas e dois tucanos se abstiveram.

Integrantes do partido chamam o procedimento de "incorporação com características de fusão" - por isso, tucanos esperam que o novo nome seja "PSDB+Podemos". O partido vive uma crise - hoje, o partido tem 13 deputados e três senadores no Congresso Nacional. Nas eleições para o Legislativo federal de 2022, a sigla teve o pior resultado de sua história, quando elegeu 13 deputados e nenhum senador.

A sigla ainda teve a baixa de dois de seus três governadores. Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, migraram para o PSD.

No Ceará, há uma questão política entre as siglas. No Estado, o PSDB é presidido por Ozires Pontes, prefeito de Massapê, crítico à gestão do governador Elmano de Freitas (PT). Já o Podemos é comandado por Bismarck Maia, ex-prefeito de Aracati e aliado do executivo cearense.

Bismarck teve encontro com Tasso Jereissati para tratar da fusão entre as siglas. Ele definiu a conversa como "super cordial de amigos". Destacou que o importante, no momento, era justamente a reunião do diretório executivo do PSDB para definir sobre a fusão.

Ele, porém, afirmou que seu objetivo é que, após a junção dos dois partidos, a sigla seja base do PT no Ceará. "Trabalhamos nesse sentido, sim. É a nossa vontade", destacou.

"Esperar agora a decisão interna do PSDB. A partir dessa decisão e sendo conclusiva a favor da fusão, partiremos para outras decisões com a direção em cada estado, o programa do novo partido, o nome, e tais quais", completou o presidente estadual do Podemos.

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