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Prefeito de Iguatu espera que PF reveja indiciamento após depoimento
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Prefeito de Iguatu espera que PF reveja indiciamento após depoimento

|Defesa| Em inquérito da PF, Roberto Filho é suspeito da prática de falsidade ideológica eleitoral e organização criminosa
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PREFEITO está entre os indiciados no inquérito da PF (Foto: João Marcos/Prefeitura do Iguatu)
Foto: João Marcos/Prefeitura do Iguatu PREFEITO está entre os indiciados no inquérito da PF

O prefeito do município de Iguatu, Roberto Filho (PSDB), afirma ter recebido com surpresa o indiciamento pela Polícia Federal (PF) por supostos crimes eleitorais referentes às eleições municipais de 2024.

Segundo ele, a decisão da PF foi tomada “sem ao menos nos escutar anteriormente”, mas acredita que as autoridades podem rever seu posicionamento após o depoimento agendado para a próxima segunda-feira, 8.

“A gente recebe com um pouco de surpresa que a autoridade policial já tenha decidido pelo indiciamento sem ao menos nos escutar anteriormente (...)Vou prestar esses esclarecimentos agora, segunda-feira, salvo engano. Eu tenho certeza que ela (a PF) poderá até talvez rever esse posicionamento, porque vai nos escutar, vai entender a situação”, afirma o prefeito.

Além de Roberto, outras três pessoas que trabalhavam em sua coligação foram indiciadas. Em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri nesta quinta-feira, 5, o chefe do Executivo municipal disse que, com exceção de seu primo Anderson Teixeira Nogueira, representante da coligação "IGUATU MERECE MAIS", as outras duas pessoas, Márcia Rubia Batista Teixeira e Thiago Oliveira Valentin, não faziam parte de sua campanha e não têm contato ou ligação.

Atualmente, o caso está na fase de inquérito policial, que é uma fase pré-processual, e a responsabilização criminal dependerá de futura denúncia do Ministério Público e da instrução processual. O indiciamento é uma fase da investigação policial. O mandato de Roberto Filho só está em julgo quando o caso chegar à justiça.

Novato na política, o gestor é filho do ex-prefeito de Iguatu Roberto Costa, que morreu em 1994 ainda na primeira metade de seu mandato. Só dois tucanos foram eleitos prefeitos em 2024: Roberto Filho e Ozires Pontes, prefeito de Massapê.

Roberto afirma manter boas relações com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). “Temos boas relações com o Governo do Estado. Estive com o governador Elmano duas vezes, ele prontamente nos atendeu, inclusive falando: que independente de partido, o que ele quer é trazer a melhoria para nossa cidade. E nisso ele terá o meu apoio para que a gente possa fazer as coisas pelo Iguatu”, destaca o prefeito.

Sobre a ala da oposição, o gestor de Iguatu evitou declarar apoio antecipado à candidatura do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, recém desfiliado do PDT, para governador nas eleições de 2026. Segundo Roberto, “é inegável que ele fez um bom trabalho quando foi prefeito reeleito da Capital”, mas diz não pensar em 2026 ainda.

“Eu acho que tem nomes como o prefeito Roberto Cláudio, você bem colocou, que foi um grande prefeito na cidade de Fortaleza. É inegável que ele tenha feito um bom trabalho quando foi prefeito reeleito da capital. Então eu acho que o nosso Estado vai ser bem representado. E é bom que a população tenha opções de escolha, mas hoje eu não penso em política ainda em 2026”, explica Roberto.

À rádio O POVO CBN Cariri, o gestor afirmou que considera Tasso Jereissati (PSDB) um dos maiores políticos que o Estado do Ceará já teve. “Homem que fez sim uma mudança da democracia ainda naquela sua primeira gestão e depois teve a oportunidade de retornar ao governo e fez sim muito pelo nosso Ceará. Então, ele sempre será uma pessoa importante. As opiniões dele, as suas posições sempre serão importantes pro nosso Estado”, diz.

Logo após assumir o cargo, em 1º de janeiro, Roberto Filho reclamou de dívidas herdadas da gestão anterior, citando precatórios e salários atrasados de servidores. Em maio, foi realizado um acordo referente a uma dívida milionária existente há quase duas décadas, inclusive com bloqueio de contas.

"Com esse acordo a gente agora vai, se Deus quiser, para esses bloqueios para que a gente possa ter o melhor planejamento. Então eu lhe diria que naquela época talvez o nosso Iguatu fosse um paciente na UTI respirando por aparelhos. Hoje a gente continua na UTI, mas estamos tirando os aparelhos e com muito trabalho, com compromisso", explica.

 

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