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Os principais pontos do interrogatório de Paulo Nogueira
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Os principais pontos do interrogatório de Paulo Nogueira

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"Alertei Bolsonaro"

O general cearense e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira disse ter alertado Bolsonaro sobre a "gravidade" da decretação de um estado de defesa ou de sítio logo depois dessa reunião. Nogueira, porém, referiu-se ao encontro como um brainstorm, "tempestade de ideias sobre ações futuras que viessem a acontecer caso as coisas fossem à frente". O ex-ministro disse ter convocado uma nova reunião em 14 de dezembro de 2022 porque "temia uma fissura" e estava preocupado diante de manifestantes que pediam intervenção militar em frente aos quartéis e de uma carta assinada por oficiais da ativa que pressionavam o então chefe do Exército, Freire Gomes, a apoiar um golpe.

Urnas eletrônicas

Nogueira disse também que não tratou de relatório sobre o sistema eleitoral com Bolsonaro nem sofreu pressão para alterá-lo. Negou ainda ter conhecimento de uma minuta que menciona fraudes nas urnas. O militar também se desculpou perante Moraes por ter dito, numa reunião ministerial em dezembro de 2022, que o TSE faz o que quer "e a gente fica meio que de mãos atadas". Nogueira afirmou que "foram palavras mal colocadas". Nogueira também negou ter tido contato com o hacker Walter Delgatti, preso por invasão ao sistema do CNJ.

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