A vida é feita de altos e baixos. A política também. A famigerada expressão popular define o primeiro semestre do inédito segundo mandato consecutivo de Glêdson Bezerra (Podemos) na Prefeitura de Juazeiro do Norte.
Em janeiro, após a posse, o início de uma natural lua de mel. E não era para menos: vitória maiúscula nas urnas contra o PT — representado pelo deputado Fernando Santana — e quebra do tabu da reeleição no Executivo municipal.
Com essas credenciais, Glêdson virou vitrine da oposição no Ceará. Em janeiro, teve o nome pulverizado na imprensa ao revelar o sonho de governar o Ceará durante entrevista à rádio O POVO CBN Cariri. Mas negou, posteriormente, planos de concorrer ao Abolição já em 2026.
Turbinado pelas urnas, Glêdson encontrou uma nova Câmara -com dois terços de renovação, não mais presidida pela oposição, como no primeiro mandato inteiro.
A primeira baixa veio em fevereiro, quando a secretária de Meio Ambiente, Genilda Ribeiro, foi acusada de rachadinha por um ex-servidor da pasta e terminou afastada do cargo por determinação do prefeito.
No começo de junho, viraliza o vídeo de uma aluna da rede municipal reclamando do excesso de soja na merenda escolar. O prefeito agiu rápido para mitigar os danos à imagem da gestão. Fez uma visita ao depósito da merenda, mostrou a diversidade de produtos e determinou investigação contra a empresa fornecedora de carne vermelha por entregas insuficientes.
Após o episódio, Glêdson reforçou a divulgação da agenda positiva, com destaque para a liderança na qualidade da atenção primária à Saúde no Nordeste (Previne Brasil) e a vice-liderança na geração de empregos no Ceará, atrás apenas de Fortaleza.
Doravante, o desafio maior do prefeito é construir marcas, sejam grandes obras ou ações impactantes que o façam ser lembrado na história para além da façanha eleitoral em 2024.
Luciano Cesário é âncora e coordenador de jornalismo da rádio O POVO CBN Cariri