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Vice-governadora Jade não descarta concorrer a deputada federal em 2026
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Vice-governadora Jade não descarta concorrer a deputada federal em 2026

Presidente do MDB no Ceará, Eunício Oliveira, tinha citado o nome da Jade como opção para a Câmara dos Deputados
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FORTALEZA-CE, BRASIL, 13.06.2025: Jade Romero, vice-governadora e Tania Mara, secretária de saúde, inauguram no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias)  a Brinquedocreche.  (Foto: Fabio Lima/ OPOVO) (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA-CE, BRASIL, 13.06.2025: Jade Romero, vice-governadora e Tania Mara, secretária de saúde, inauguram no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) a Brinquedocreche. (Foto: Fabio Lima/ OPOVO)

A vice-governadora do Ceará, Jade Romero (MDB), afirmou nesta quarta-feira, 2, em evento de entrega de vale-gás a famílias de baixa renda no Crato, estar aberta à possibilidade de disputar uma vaga de deputada federal nas eleições de 2026. Embora ressalte que, agora, está focada nas entregas do governo Elmano, a emedebista disse que assumiu a possibilidade de representar o Ceará na Câmara. A fala reforça rumores sobre uma movimentação política dentro do MDB cearense.

“Eu estou muito feliz onde estou, mas quando começaram a levantar a possibilidade de eu ser deputada federal, isso começou também a me brilhar os olhos”, afirmou. Ela ainda destacou a necessidade de mais mulheres no Congresso e a importância de legislar em prol da assistência social e da proteção das crianças.

A declaração ocorre em meio a um cenário interno de disputa por protagonismo no MDB do Ceará. O ex-senador Eunício Oliveira já manifestou publicamente o desejo de retornar à Casa Alta. Em entrevista recente, Eunício declarou que o MDB "gostaria muito de tê-la como candidata a deputada federal", o que ampliou especulações de que ele e Jade possam fazer um acordo para evitar choques internos em 2026. Ainda assim, Eunício não dá sinais de recuar do projeto de Senado, considerado prioritário para o partido.

Na mesma linha, Jade Romero reforçou que é "de grupo" e que decisões eleitorais serão tomadas no momento certo. "Vamos deixar as definições para o ano que vem", disse, evitando declarar abertamente que pretende entrar na disputa. Apesar da cautela, a vice-governadora reconhece que a representação feminina na política ainda é muito baixa e defende mudanças nesse quadro.

Jade e Eunício poderiam ser nomes para a chapa majoritária em 2026, caso o partido decida indicar alguém para compor aliança com o atual governador. Nesse contexto, uma eventual candidatura de Jade à Câmara pode também ser uma forma de evitar atritos.

Leia também: Eunício é prioridade do MDB do Ceará para o Senado em 2026, diz Danniel Oliveira

Apesar de todo o cenário especulativo, Jade reafirma que seu foco, por ora, está nas entregas do governo Elmano. Segundo ela, a prioridade é manter a presença do Estado no interior e ampliar programas sociais como o Vale-Gás, o Cartão Mais Infância e o Primeiro Passo. A vice tem sido figura presente em agendas no interior do Estado, como na recente passagem pelo Cariri.

Durante o evento no Crato, Jade destacou a entrega de 1.574 vales-gás a famílias em situação de vulnerabilidade. Além disso, mencionou investimentos em educação infantil, qualificação profissional e tecnologia para escolas públicas. “O nosso foco é entregar e dialogar com a população. É isso que vai sustentar qualquer avaliação eleitoral”, declarou.

Indireta em Ciro e RC

A vice-governadora também comentou que as oposições ainda não possuem um nome consolidado para a disputa de 2026. Segundo ela, há uma clara fragmentação entre os chamados “bolsonaristas raiz” e os “neosbolsonaristas”, o que pode dificultar a formação de uma frente unificada no campo adversário.

A crítica velada ganha tons de indireta ao grupo político do ex-ministro Ciro Gomes e do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que se alinharam ao bolsonarismo local desde o segundo turno das eleições municipais de 2024, quando apoiaram André Fernandes (PL) contra Evandro Leitão (PT).

Para Jade Romero, esse reposicionamento ideológico das oposições evidencia contradições internas e embates não superados entre seus principais nomes. Ela acredita que, diante desse cenário de disputas e indefinições, o governo Elmano ganha fôlego com a continuidade das entregas sociais e estruturantes. "O nosso trabalho é constante, e é a população que fará o crivo final", afirmou.

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