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Oposição avança em articulações e cogita chapa com Ciro e indicado de Glêdson
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Oposição avança em articulações e cogita chapa com Ciro e indicado de Glêdson

Bloco teve conversas com Tasso Jereissati e com o prefeito de Juazeiro e projetou cenários para o próximo ano
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Jantar de Ciro Gomes (PDT) com o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos) e deputados da oposição (Foto: Reprodução/Instagram: @gledsonlimabezerra)
Foto: Reprodução/Instagram: @gledsonlimabezerra Jantar de Ciro Gomes (PDT) com o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos) e deputados da oposição

A oposição no Ceará teve encontros importantes nesta semana e avançou na perspectiva de se articular para 2026. No fim da tarde de terça-feira, 15, deputados estaduais do bloco e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (sem partido), foram recebidos pelo ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), no escritório dele na Torre Iguatemi Empresarial. Pouco antes, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) esteve com o tucano.

No fim daquela noite, os parlamentares, Ciro e Roberto Cláudio jantaram com o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos) no restaurante Vasto, no Meireles. As conversas giraram em torno das eleições de 2026 e envolveram movimentações partidárias e montagem de chapa.

Alguns dos presentes defendeu que Ciro seja candidato a governador do Ceará no ano que vem. Glêdson foi apontado como o vice ideal. Mas, com mandato até 2028, considerou-se um risco político muito alto renunciar à Prefeitura do terceiro maior município do Ceará para a empreitada. Então, vislumbrou-se que Glêdson indique alguém do Cariri para ser vice na possível composição.

A tese parte do fato de o prefeito ter conseguido vencer embate eleitoral em Juazeiro do Norte, na eleição de 2024, contra um indicado de Camilo Santana (PT).

Outra possibilidade ventilada por parlamentares presentes seria uma chapa com Ciro na cabeça e Roberto Cláudio na vice. A possibilidade é vista como improvável por uma fonte. RC é pré-candidato ao Governo, embora já tenha declarado estar disposto a abrir mão da candidatura, a depender a configuração.

O grupo dá como certa a saída de Ciro do PDT. Houve convites de PSDB e União Brasil. O próprio ex-ministro quer escutar ambas as cúpulas antes de tomar a decisão. Ele esteve em encontro com membros da direção nacional da sigla tucana e recebeu o aval para a filiação. Também foi convidado por Antônio Rueda, presidente do União Brasil para seguir Roberto Cláudio e migrar para o partido. O ex-prefeito já anunciou que ingressará na legenda.

Pessoas presentes ao encontro relataram ao O POVO que, durante a conversa, Tasso reforçou o desejo de ver Ciro no PSDB. O ex-senador lembrou que, após a primeira administração (1987-1991) transferiu o cargo para Ciro. O tucano não concedeu entrevista na ocasião. Conforme relato de participantes, ele considera que Ciro será importante para o rumo das eleições de 2026 no Estado, como candidato ou não.

Na ocasião, deputados do União Brasil disseram esperar que Ciro se filie ao partido, que é comandado por Capitão Wagner (União Brasil) no Ceará.

No encontro, Tasso disse estar preocupado com o cenário atual do Estado e criticou a gestão do PT, comandado pelo governador Elmano de Freitas. Ele aproveitou para ouvir dos parlamentares um prognóstico de suas atuações legislativas e os parabenizou por iniciativas como o café da oposição.

No grupo oposicionista há o entendimento de que o futuro mais garantido e "confortável" para Ciro seria o PSDB. Pela proximidade do ex-ministro com o ex-governador Tasso Jereissati e por já ter sido tucano.

Outro ponto a ser avaliado por Ciro é a posição do União Brasil. O ainda pedetista tem o projeto contrário ao PT e o União Brasil ainda participa do governo, com ministérios na gestão do presidente Lula (PT).

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