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Marido de Zambelli, Aginaldo tem bens bloqueados: 'Decisão arbitrária'
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Marido de Zambelli, Aginaldo tem bens bloqueados: 'Decisão arbitrária'

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CORONEL Aginaldo (PL) e Carla Zambelli (PL) (Foto: Guilherme Gonsalves/O POVO)
Foto: Guilherme Gonsalves/O POVO CORONEL Aginaldo (PL) e Carla Zambelli (PL)

O marido da deputada federal Carla Zambelli (PL), Antônio Aginaldo de Oliveira, conhecido como Coronel Aginaldo (PL), foi incluído no Inquérito das Fake News do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o ex-secretário, a decisão é "arbitrária" e sem fundamento. Contas bancárias dele foram bloqueadas.

Procurado pelo O POVO, Aginaldo disse que seu advogado já está tratando do caso. "Isso não tem fundamento nenhum, basta investigar ou procurar em qualquer rede social minha ou de qualquer outra pessoa, ou meios de comunicação, alguma publicação que se relacione a fake news".

Ele continua: "Minhas contas foram bloqueadas, sim, numa decisão arbitrária, mas não me causa nenhuma preocupação por eu ter certeza que isso não tem nenhum fundamento, é um desgaste. Eu sequer fui intimado pela Justiça sobre essa informação de que meu nome está nesse inquérito, a única certeza que tenho é que minhas contas estão bloqueadas. É só o que tenho a falar sobre esse assunto", disse, com exclusividade, ao O POVO.

Aginaldo informou que estava na Itália, onde Zambelli foi presa nesta semana, mas precisou sair para realizar exames médicos e está retornando para o país. Ele confirmou que não está no Brasil.

A decisão judicial ocorre em meio à prisão de sua esposa, Carla Zambelli, que está detida na Itália e aguarda uma decisão sobre eventual extradição para o Brasil. A deputada foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prisão da deputada foi mantida nessa sexta pela Justiça italiana.

Zambelli estava há quase dois meses como foragida da Justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, pediu a extradição da Itália e determinou a prisão preventiva, além de bloqueio de bens e o pedido de inclusão de Zambelli nome na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

O Inquérito das Fake News (INQ 4781) apura a divulgação de notícias fraudulentas, além de falsas comunicações de crimes, denúncias caluniosas, ameaças e demais infrações que foram utilizadas para caluniar, difamar e injuriar o STF e seus integrantes.

Aginaldo foi secretário da Segurança de Caucaia na gestão do prefeito Naumi Amorim (PSD). Ele pediu exoneração da pasta de Segurança no fim de junho, mas estava afastado desde 21 de maio "por motivo de doença em pessoa da família", conforme informou, na época, para a Prefeitura. Ele acompanhou Zambelli na viagem.

A exoneração da pasta ocorreu em meio à viagem ao Exterior de Zambelli, que tinha fugido do Brasil logo após ser condenada pelo STF, em maio deste ano.

Aginaldo também atuou, em 2019, como diretor da Força Nacional de Segurança Pública (FNS). Neste ano, ele foi convidado pelo prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), para compor os quadros da gestão municipal. (Rogeslane Nunes, especial para O POVO)

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