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Conselho de Ética analisa este mês ação contra Inspetor Alberto
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Conselho de Ética analisa este mês ação contra Inspetor Alberto

|CMFor| Vereador crê no arquivamento da denúncia e promete recorrer caso de sanções
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Inspetor Alberto não recebeu punição por vídeos anteriores postados contra Camilo Santana e Evandro Leitão (Foto: Érika Fonseca / CMFor)
Foto: Érika Fonseca / CMFor Inspetor Alberto não recebeu punição por vídeos anteriores postados contra Camilo Santana e Evandro Leitão

Neste mês de agosto, o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) deve se reunir para que seja apresentado o parecer do relator do caso em que o vereador Inspetor Alberto (PL) é acusado de de associar o Partido dos Trabalhadores (PT) à facção criminosa.

A bancada do PT espera que o parlamentar seja punido, possivelmente com uma advertência. Alberto, no entanto, disse crer no arquivamento da denúncia e promete recorrer caso receba sanções.

Em junho, nas vésperas do recesso legislativo, o Conselho de Ética arquivou denúncias contra Inspetor Alberto, envolvendo temas relacionados ao período eleitoral de 2024, admitindo apenas a denúncia envolvendo Inspetor Alberto e alegações contra o PT.

Mesmo durante o recesso, Alberto apresentou sua defesa, alegando que não citou parlamentares, nem ninguém especificamente, apenas reproduziu no Plenário uma vídeo que foi exibido em diversos veículos de comunicação.

Segundo o relator do caso e vice-presidente do Conselho de Ética, vereador Luciano Girão (PDT), a análise do processo foi concluída nesse período de recesso.

Girão afirma que a relatoria está praticamente finalizada, aguardando apenas a convocação do presidente vereador Professor Enilson (Cidadania) para a próxima reunião do colegiado, onde haverá a apresentação oficial do relatório. Ele afirmou que, diante dos prazos apresentados, a convocação deve ocorrer na próxima semana.

Posição do PT

A líder do PT na Câmara, vereadora Mari Lacerda, afirma que a expectativa é que Alberto receba uma punição, nem que seja uma advertência.

"A gente espera que ele sofra uma advertência, porque foi no início dos trabalhos, não é? Eu acho que uma advertência nesse momento é educativo, porque a gente entende que muitas vezes aqui os vereadores se exaltam. Esse tema da fake news é um tema super novo na conjuntura brasileira", argumentou.

Lacerda continuou: "Acho que nós precisamos educar o Parlamento para que a postura dos parlamentares seja de um compromisso que deve ser básico, que é a verdade. Então, acho que é uma advertência, é um caminho de educação parlamentar do exercício na Câmara", afirmou ao O POVO.

Ela lembra não ser o primeiro caso polêmico em que o vereador se envolve e, recebendo advertência, seria um aviso para eventuais reincidências.

"Fazer essa associação, que é uma profunda inverdade, que é uma grande fake news, no espaço da tribuna, que é um espaço no compromisso com a verdade, e não sofrer nenhuma chamada, seria um processo de deseducação".

Posição do Inspetor

O vereador Inspetor Alberto espera que a questão seja definida rapidamente e espera o arquivamento do processo. Ele aponta a liberdade de expressão como questão principal, alegando que o que é dito na tribuna do Plenário é algo inviolável.

"Espero que seja arquivado. Porque primeiro eu não falo o nome de nenhum vereador. Simplesmente passei um vídeo que está na rede social, em que a própria Rede Globo postou, G1 postou e eu simplesmente repostei aqui. Não tem nenhuma censura dele. Se tivesse algum crime, se tivesse alguma fake news, lógico, a rede social tinha derrubado. O próprio PT tinha entrado para tirar o vídeo", disse.

"E outra, o vereador agora em plenário, no púlpito, não pode mais falar nada? E o telão está lá para a gente passar o vídeo que está na rede social. Se não puder isso, tem que acabar a política do Brasil, tem que acabar os cargos de vereador, acaba a eleição, acaba tudo", acrescentou.

O vereador esteve reunido com o presidente da CMFor, Leo Couto (PSB), e disse ter ouvido que estão aguardando apenas o trâmites legais do Conselho, para dar sequência ao rito processual. Ele argumenta ainda que, em caso de advertência, irá recorrer da decisão.

"Eu espero que não dê em nada, que fique bem claro isso, porque eu não pratiquei nenhuma coisa que ferisse o regimento da Casa, de jeito nenhum. É só a costumeira forma do PT, incriminar as pessoas inocentes, como esse horror de gente que tem presa aí, pipoqueiro, vendedor de algodão doce, morador de rua, velhinha de mais de 70 anos, tudo presa injustamente pelo PT", concluiu.

Com informações de Rogeslane Nunes.

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