A estratégia do governo dos Estados Unidos gira em torno de três pilares:
1 Centros de dados e fornecimento de energia
O primeiro deles visa a facilitar a construção de novos centros de dados (essenciais para o funcionamento da IA) e a realização de grandes projetos energéticos para atender às suas necessidades. O governo Trump deseja, especialmente, simplificar a concessão de licenças e autorizações para novas obras.
2 Diplomacia da IA
A segunda parte do plano se refere à "diplomacia da IA", nas palavras do assessor da Casa Branca David Sacks, e envolve a mobilização de dois braços financeiros do país para o comércio internacional — a Agência de Desenvolvimento e Financiamento dos Estados Unidos e o Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos — com o objetivo de que apoiem as exportações de IA americana.
"Para vencer essa corrida, é necessário que os modelos americanos de IA sejam usados em todo o mundo", ressaltou na coletiva Michael Kratsios, diretor de Assuntos Científicos e Tecnológicos da Casa Branca.
Trump tornou uma prioridade a divulgação no exterior da tecnologia americana, e da IA em particular. "Em termos de tecnologia de IA, é fundamental que as empresas americanas possam ser competitivas", comentou um representante do lobby tecnológico CCIA, que elogiou a capacidade do plano de ação de "eliminar barreiras".
3 Ideologia
A terceira diretriz importante do programa busca responder ao que o presidente considera um "viés ideológico" da IA generativa. Também pretende proibir que serviços, ministérios e agências do seu governo adquiram softwares de IA generativa que sigam essa orientação.
Kratsios ressaltou que trata-se de "garantir que esses sistemas permitam a liberdade de expressão". Segundo um funcionário americano, "o principal" viés ideológico está relacionado, de acordo com a Casa Branca, às iniciativas que promovem a diversidade e inclusão de minorias.