O presidente da comissão provisória do PDT Fortaleza, Iraguassú Filho, afirmou que o partido busca chegar a 2026 com posições alinhadas entre os quadros, após divergências registradas nas últimas eleições.
“A gente tem situações divergentes e a gente quer trabalhar 2026 com situações convergentes”, disse em entrevista ao O POVO nesta terça-feira, 12, antes de reunião com a bancada de vereadores da Capital.
Segundo Iraguassú, o encontro faz parte de uma agenda que ele pretende manter de forma periódica. “Vamos fazer isso como rotina. A minha ideia é que a gente tenha pelo menos a cada dois meses uma reunião da municipal com a bancada.”
O dirigente destacou que, além das pautas da bancada e do diálogo com o prefeito Evandro Leitão (PT), a direção municipal prepara uma reunião com o presidente estadual do partido, André Figueiredo, para tratar de temas como a relação com o governador Elmano de Freitas (PT).
“O PDT sempre foi partido de centro esquerda. O PDT não está mudando o rumo, o PDT não está desviando o caminho. O PDT está aproximando de uma gestão que ideologicamente a gente tem mais convergência do que divergência”, pontuou.
Iraguassú lembrou que, em 2022 e 2024, o PDT enfrentou divisões internas, mas frisou que o objetivo é evitar novos rachas. Questionado sobre a saída de Ciro Gomes e dos deputados estaduais, ele reforçou o posicionamento defendido pelo presidente Carlos Lupi: “Com a direita e com os bolsonaristas, nós não vamos, nós não nos aliamos a ele para que a gente apoie candidaturas dele”.
Em mais um processo de reconstrução, o futuro vislumbrado é sem o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, de malas prontas para o União Brasil, e o ex-presidenciável Ciro Gomes, de ida dada como certa para o PSDB. Para voltar aos trilhos, o partido buscará fazer uma "limpa" e recomeçar do zero.
Essa reestruturação passa por esquecer os "ex" e também não abrigar mais aqueles que desejam sair e não comungam mais com a linha de centro-esquerda, como disse Iraguassú Filho, presidente municipal do PDT ao O POVO, nesta terça-feira, 12.
É o caso do vereador PPCell e dos deputados estaduais Antônio Henrique, Cláudio Pinho, Lucinildo Frota e Queiroz Filho. Sem estes citados, que já não se enxergam mais no PDT, o partido então focará em montar uma chapa para 2026 que consiga eleger parlamentares.
Entre os vereadores, Gardel Rolim, ex-presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), Kátia Rodrigues, secretária da Regional 7, e Paulo Martins, são pré-candidatos a deputado estadual em 2026.
Adail Júnior, 1° vice-presidente da CMFor, também é citado como possível postulante, seja para estadual ou para federal, para fortalecer a chapa. Chapa esta mais próxima do PT e menos da oposição, de RC e de Ciro.