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Líderes europeus acompanham ucraniano no encontro com Donald Trump
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Líderes europeus acompanham ucraniano no encontro com Donald Trump

Reunião oficial na Casa Branca
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fala durante um debate sobre Segurança e Defesa Europeias, como parte de uma sessão plenária no Parlamento Europeu em Estrasburgo, leste da França, em 28 de fevereiro de 2024.
 (Foto: FREDERICO FLORIN/AFP)
Foto: FREDERICO FLORIN/AFP A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fala durante um debate sobre Segurança e Defesa Europeias, como parte de uma sessão plenária no Parlamento Europeu em Estrasburgo, leste da França, em 28 de fevereiro de 2024.

Todos para Washington. Após a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, sábado passado, que não rendeu nenhum anúncio oficial, os líderes europeus se uniram em torno do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e o acompanharão à Casa Branca nesta segunda-feira. A decisão foi anunciada ontem, pouco antes de uma videoconferência da "coalizão dos voluntários", que inclui a maioria dos principais países europeus, a UE, a Otan e países não europeus, como o Canadá, e que visa analisar as linhas gerais de um possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia.

Estarão em Washington o presidente francês, Emmanuel Macron; o chefe de Governo alemão, Friedrich Merz; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; o presidente finlandês, Alexander Stubb, e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

"Estou muito feliz por poder acompanhá-los", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que também estará na capital americana. O líder ucraniano, que saudou esta "unidade" europeia, enfatizou que não sabe "exatamente" o que Putin e Trump discutiram no Alasca. "Gostaria que o presidente Trump desse a mim e aos líderes europeus muitos detalhes", acrescentou.

O que "o presidente Trump nos disse sobre garantias de segurança é muito mais importante para mim do que as reflexões de Putin. Porque Putin não nos dará nenhuma garantia de segurança", afirmou. O tema das garantias de segurança deverá ser central nesta reunião. "Aplaudimos a disposição do presidente Trump em fornecer garantias de segurança à Ucrânia, semelhantes ao Artigo 5", enfatizou Ursula von der Leyen.

Essas iniciativas diplomáticas ocorrem após a cúpula de Anchorage não ter conseguido chegar a um acordo de cessar-fogo, como o bilionário americano esperava. Zelensky e seus aliados europeus eram a favor de um cessar-fogo preliminar, mas Donald Trump afirmou preferir um acordo de paz abrangente, embora tenha permanecido bastante evasivo quanto ao seu conteúdo.

Ao retornar do Alasca, Donald Trump mencionou uma garantia de segurança para Kiev semelhante ao Artigo 5 da Otan, embora fora do âmbito da Aliança Atlântica, que Moscou considera uma ameaça existencial às suas fronteiras. Segundo a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o objetivo seria definir "uma cláusula de segurança coletiva que permitiria à Ucrânia obter o apoio de todos os seus parceiros, incluindo os Estados Unidos, prontos para agir em caso de um novo ataque". (das agências)

 

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