Em decisão do desembargador eleitoral Luciano Nunes Maia Freire, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) rejeitou os embargos de declaração apresentados em processos relacionados ao município de Barroquinha. Com isso, o TRE-CE confirmou a cassação do prefeito Jaime Veras (PSD), em decisão da segunda instância. Os demais membros da corte acompanharam o voto do relator.
Embora ainda não tenha sido definida uma data para a nova eleição, o magistrado reforçou que a definição do calendário deve ocorrer “o mais rápido possível”. A corte já havia determinado a cassação da chapa eleita e a realização de eleições suplementares no município.
Em março, o prefeito, a vice-prefeita Carmem Lúcia (PSD) e cinco vereadores do partido tiveram os diplomas cassados por irregularidades na aplicação de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. A decisão do juiz da 108ª Zona Eleitoral também tornou todos os envolvidos inelegíveis por oito anos. Em julho, o TRE-CE confirmou a cassação do mandato do prefeito e da vice.
Prefeito considerou a cassação como "injusta". Ele já tinha adiantado que iria recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Jaime Veras havia vencido as eleições de outubro de 2024 por uma diferença de apenas 66 votos sobre a candidata Tainah Marinho (PT). Na primeira sessão legislativa após o pleito, o deputado estadual Romeu Aldigueri (PSB) — que à época ainda não presidia a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) — usou a tribuna para denunciar suposta fraude no processo eleitoral em Barroquinha.
Marido de Tainah, o parlamentar afirmou que havia mais eleitores do que habitantes no município e relatou que diversos veículos teriam chegado à cidade no dia da votação transportando pessoas apenas com o intuito de votar no pleito.