O Ceará manteve o 14º lugar, entre as 27 unidades da federação, no ranking de competitividade. Levantamento feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Tendências Consultoria, avaliou 100 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos, considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros.
O Estado segue sendo um dos melhores do Brasil quando o assunto é educação, apesar da queda de três posições nesse pilar. Agora, ocupa o 5º lugar nacional. O Estado também registrou outras baixas, como no eixo de Inovação, com recuo de seis colocações, passando a ocupar a 13ª posição, e Sustentabilidade Ambiental, também com queda de seis posições, no 18º lugar.
Por outro lado, o Ceará houve evolução nos pilares de Infraestrutura (+6 posições, na 9ª), Potencial de Mercado (+5 posições, na 21ª), Solidez Fiscal (+4, na 12ª), Capital Humano (+1, na 20ª) e Eficiência da Máquina Pública (+1, na 17ª).
O Estado é citado, no levantamento, como destaque com o maior avanço nacional na área de infraestrutura. Foi apresentado, em especial, melhora relativa nos indicadores de Qualidade das Rodovias (+9 posições) e Custo da Energia Elétrica (+5).
Segundo o ranking, o Ceará é o terceiro estado mais bem posicionado na região Nordeste em 2025. Nesse recorte, o Ceará, que ocupa a 14ª posição geral, está atrás de Paraíba (11º) e Sergipe (12º); e à frente de Rio Grande do Norte (16º), Pernambuco (19º), Alagoas (20º) e Piauí (21º), Bahia (22º) e Maranhão (23º).
Essa é a décima quarta edição do Ranking de Competitividade dos Estados. Assim como na edição anterior, São Paulo seguiu na 1ª colocação, Santa Catarina na 2ª, Paraná na 3ª e Distrito Federal na 4ª. A lista mostra disparidades no país: enquanto os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentram-se na metade superior do ranking, os do Norte e Nordeste ocupam as últimas posições.
Nesta edição, o estado da Paraíba seguiu na liderança da região Nordeste (11ª posição), enquanto o estado de Rondônia tornou-se o representante da região Norte mais bem colocado (13ª posição), ultrapassando o Amazonas (17ª).
Os três últimos colocados do Ranking de Competitividade dos Estados de 2025 são os estados do Pará (25ª posição), Acre (26ª) e Amapá (27ª). Um dos destaques deste ano é o Rio Grande do Norte, por ter sido o que mais ganhou posições em relação à edição de 2024. Foram 8 posições.
O Ranking de Competitividade dos Estados tem como objetivo principal alcançar um entendimento mais profundo e abrangente das 27 unidades da federação, trazendo para o público uma ferramenta simples e objetiva para pautar a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria da competitividade e da gestão pública dos seus estados.
Os pesquisadores apontam ainda que o levantamento pode representar também uma ferramenta bastante útil para o setor privado balizar decisões de investimentos produtivos, ao estabelecer critérios de atratividade em bases relativas entre os estados, de acordo com as especificidades de cada projeto de investimento.
"A competitividade de um Estado está diretamente ligada à capacidade de ação dos seus líderes públicos. O ranking veio oferecer as bases para a construção do legado de competitividade para aqueles governos que assim desejam fazer", aponta Tadeu Barros, diretor-executivo do CLP, no levantamento.
Sobral se torna a 1ª cidade do Ceará em ranking nacional
O município de Sobral, distante 233,78 km de Fortaleza, tornou-se a cidade do Ceará mais bem colocada no Ranking de Competitividade dos Municípios, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Na 6ª edição do levantamento, o Município passou da posição 161 para a 76ª no Brasil, melhor colocação cearense.
Foram analisados 418 municípios brasileiros que correspondem a mais de 80 mil habitantes. A avaliação de cada município é feita com base em 65 indicadores, distribuídos em 13 eixos temáticos, que compreendem desde saúde e educação, a meio ambiente e segurança, entre outros.
Sobral ficou, pelo quinto ano consecutivo, em primeiro lugar em Qualidade da Educação no país, indicador em que o município é visto como referência. Da última edição para esta, conquistou um avanço de 85 colocações na posição geral.
Além de Sobral, outros municípios cearenses conseguiram boas posições nos diferentes pilares. No âmbito do Acesso à Educação, Eusébio, Iguatu e Aquiraz se destacaram, ocupando a 5ª, 6ª e 10ª posições nacionais, respectivamente. No pilar Meio Ambiente, Barbalha foi considerado o 6º melhor do país. Já Quixeramobim ocupa a 8ª colocação no pilar de Inserção Econômica.
Fortaleza é o segundo município cearense mais bem colocado no País, com a 97ª colocação geral. Em comparação a 2024, caiu uma posição. Por outro lado, a capital cearense registrou evolução em dois dos 13 pilares avaliados: Capital Humano (+35, na 91ª) e Sustentabilidade fiscal (+26, na 174ª).
A melhor performance de Fortaleza segue sendo o pilar de Funcionamento da máquina pública. Nesse critério, ela está na décima colocação.
O resultado do levantamento com os municípios brasileiros avaliados será apresentado no evento de lançamento do ranking nesta quarta-feira, 27 de agosto, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.
Pilares e indicadores
Ranking geral
14°
Sustentabilidade ambiental
18°(-6)
Capital humano
20° (+1)
Educação
5º (-3)
Eficiência da máquina pública
17° (+1)
Infraestrutura
9° (+6)
Inovação
13° (-6)
Potencial de mercado
21° (+5)
Solidez fiscal
12° (+4)
Segurança pública
17° (-1)
Sustentabilidade social
15° (-1)
Municípios cearenses
Aquiraz;
Barbalha;
Caucaia;
Crato;
Eusébio;
Fortaleza;
Iguatu;
Itapipoca;
Juazeiro do Norte;
Maracanaú;
Maranguape;
Pacatuba;
Quixadá;
Quixeramobim;
Sobral; e
Tianguá.