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Ato pró-Bolsonaro reúne políticos e apoiadores em Fortaleza
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Ato pró-Bolsonaro reúne políticos e apoiadores em Fortaleza

Praça Portugal. Críticas a Moraes
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ATO em Fortaleza criticou Moraes e pediu anistia para Bolsonaro (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO ATO em Fortaleza criticou Moraes e pediu anistia para Bolsonaro

Políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e membros da oposição no Ceará participam de ato em favor da anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. A mobilização aconteceu neste domingo, 7, em Fortaleza. A concentração ocorre na Praça Portugal e se desloca em direção à Beira-Mar.

Os deputados federais André Fernandes (PL) e Dayany Bittencourt (União), o senador Eduardo Girão (Novo), e os deputados estaduais Alcides Fernandes (PL), Carmelo Neto (PL) e Sargento Reginauro (União) e os vereadores de Fortaleza, Bella Carmelo (PL) e Jorge Pinheiro (PSDB) estiveram presentes. 

7 de setembro: Líderes religiosos no trio elétrico e orações

O trio elétrico liderado por Mayra Pinheiro (PL), suplente de deputada federal, reuniu inicialmente apenas líderes religiosos. Um reverendo e dois pastores batistas, que fizeram orações e preces pelo Brasil, também citando versículos bíblicos na Praça Portugal. Durante o trajeto até a Beira-Mar foram cantados hinos gospel.

Ao chegar na Beira-Mar no Náutico, foi dada a palavra para parlamentares e políticos. Alcides Fernandes, deputado estadual, cantou "Noites Traiçoeiras". Outro pastor fez oração, com pessoas no trio e no calçadão de joelhos. O vereador Jorge Pinheiro puxou uma oração de Ave Maria.

7 de setembro: Repercussão de políticos

Girão defendeu a concessão da anistia aos envolvidos nos ataques e o impechment do ministro Alexandre de Moraes, como forma de "pacificar" o País. "Os abusos são explícitos e a cada vez a escalada antidemocrática parte deles (...) O brasileiro não aguenta mais tanta injustiça. Irmãs e irmãos, que nunca tiveram passagem pela polícia, estão presos. São presos políticos. Vidas devastadas. Não é pelo ódio, pela violência que vamos resolver algo", argumentou Girão em entrevista coletiva durante o ato.

O parlamentar cearense destacou ainda que o País conquistaria uma eventual pacificação a partir de dois atos tomados pelo Congresso Nacional: "Temos que pensar no Brasil, mas precisamos de duas coisas. Uma é a anistia para que haja pacificação e a segunda coisa é o impechment desse ministro abusador", afirmou.

O deputado federal André Fernandes considerou que o projeto de anistia deverá ser votado na Câmara por uma pressão da maioria dos líderes sendo a favor da pauta.

"O Centrão começou a se posicionar favorável à anistia. Então, está na hora de pacificar o país. Anistia já, mas virar a página apenas com justiça", disse. E seguiu: "Tem acordo com os líderes e a gente sabe que os líderes são os que tocam a pauta junto ao presidente. Então, se a gente tem a maioria dos líderes querendo pautar, com certeza será pautado", disse.

O deputado estadual Carmelo Neto (PL) também esteve presente no evento e se mostrou favorável pela votação da pauta. O parlamentar afirmou que o povo foi às ruas neste domingo em busca da "segunda independência".

"Há muitos anos, a direita vai às ruas. Quando o presidente Bolsonaro estava no governo para apoiá-lo e agora, mais uma vez, o povo nas ruas de verde e amarelo para declarar esse apoio ao presidente Bolsonaro", apontou.

Já o deputado estadual Alcides Fernandes, pai de André Fernandes e pré-candidato do PL ao Senado em 2026, disse que o ato por anistia e a favor de Bolsonaro seria uma expressão da democracia. "Desde criança a gente aprendeu que democracia é a vontade do povo. O povo vai às ruas para dizer 'anistia já!'. Ninguém concorda com a prisão arbitrária do nosso presidente, que poderia estar aqui com a gente. Eleições sem Bolsonaro é golpe", argumentou.

Sobre o julgamento de Bolsonaro e outros réus no Supremo Tribunal Federal, que terá sequência a partir da próxima terça-feira, 9, com desfecho até a sexta-feira, 12, o deputado cearense falou que é um jogo de "cartas marcadas" e que aliados do ex-presidente vão aguardar o desfecho.

Sobre o projeto de anistia no Congresso, Alcides projetou que será encaminhado a partir da adesão de outros partidos. "Agora não tem mais jeito, vai todo mundo para cima: União Brasil, PP, PL. Agora vai ter anistia. Tenho certeza de que vai passar", projetou.

Apesar do apelo de Girão - e de outros senadores aliados de Bolsonaro -, Alcolumbre resiste em pautar um eventual impechment de Moraes. O presidente do Senado, a quem cabe pautar ou não o tema, já chegou a declarar que não pautaria a questão nem se houvessem 81 assinaturas (número total de senadores, incluindo o próprio Alcolumbre) pedindo o afastamento do ministro.

O deputado estadual Sargento Reginauro (União) também participou do ato e fez um discurso mais político, enfatizando a prioridade de "derrotar o PT no Ceará" e formar maioria no Senado ano que vem. O parlamentar chegou a puxar um coro de "Fora PT" no local.

"O nosso trabalho será nessa próxima eleição derrotar o PT no Ceará. Chega de PT. Nós teremos um senador que será o nosso pastor Alcides, mas teremos um segundo voto. Não sabemos ainda quem é, mas temos que nos unir [...] É dever de cada um de nós trabalharmos para elegermos o próximo presidente da República, a maior bancada do Senado para enfim botarmos Alexandre de Moraes no seu devido lugar", declarou.

Provocações entre bolsonaristas e petistas

Em um certo momento da caminhada do grupo bolsonarista até a Beira-Mar, ao passar por prédios, um casal estava na varanda com bandeiras e toalhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os defensores de Bolsonaro criticaram e puxaram coro de "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". 

 


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