Em celebração ao 7 de setembro, o governador do Ceará Elmano de Freitas (PT) acompanhou, neste domingo, o desfile cívico-militar em comemoração aos 203 anos da independência do Brasil. Questionado sobre a defesa da democracia e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu em ação penal que apura a trama golpista, o petista destacou o respeito pelas instituições e a soberania do povo brasileiro.
Em entrevista ao O POVO, o governador afirmou que “nenhum estrangeiro tem o direito de dizer como devemos agir” e exaltou a força dos brasileiros.
“Nós temos que ter respeito pelas instituições. Isso é uma coisa que é muito importante. Nós decidimos nossos destinos e também que as instituições da sociedade brasileira sejam respeitadas [...] Nenhum estrangeiro tem o direito de dizer como é que nós devemos agir ou como nós não devemos agir. Podem até opinar sobre seus países, mas quem tem que decidir como nós devemos agir somos nós com a força do povo brasileiro. E é isso que nós devemos sempre preservar”, falou.
O governador ainda defendeu a atuação independente das instituições, reafirmando a importância dos brasileiros.
“Eu sou da opinião de que temos que deixar as instituições trabalharem. O Judiciário trabalha de maneira independente, o Legislativo busca fazer as leis, quem governa busca governar. E esta atuação das instituições, só quem tem o direito de julgá-las, alterá-las, mudá-las e exigir melhorias delas é o povo brasileiro”, afirmou.
O discurso de Elmano acompanha a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em pronunciamento oficial feito nesse sábado, 6. Lula afirmou que o país não será “colônia de ninguém” e não aceitará ordens de “quem quer que seja”.
“Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, disse o presidente da República.
A mensagem vem em meio ao tarifaço imposto pelo presidente estadunidense Donald Trump, que criticou o governo brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes devido ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
(Com Estela Félix)