Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acreditam que a adesão às manifestações pelo País contra a anistia e a PEC da Blindagem terá poder de frear a tramitação das propostas e de manter a pressão contra condenados por tentativa de golpe de Estado. Em outra frente, governistas veem que, com esses projetos em pauta, em especial o que protege parlamentares processados, a oposição permite que o Palácio do Planalto consiga mais apoio para os projetos que quer priorizar.
Os atos convocados por centrais sindicais, partidos de esquerda e artistas ocorreram em várias capitais brasileiras neste domingo, 21. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, afirmou que Lula e o governo saem fortalecidos das manifestações. "O apoio ao presidente Lula neste momento acaba sendo o grande guarda-chuva dessas pautas de salário mínimo, escala 6 por 1, soberania nacional. Mesmo sendo um ato difuso, com certeza fortalece esse campo popular e democrático", disse.
A oposição observou de perto as manifestações de ontem, mas procurava tentava reduzir seu impactos nos contatos com jornalistas. Um dos aspectos bastante explorados foi a forte presença de artistas, que, na visão deles, teriam sido os verdadeiros responsáveis pelos grandes públicos registrados nos eventos.
O pastor Silas Malafaia colocou em dúvida o sucesso das manifestações, sugerindo manipulação das imagens. "Rindo muito", escreveu ele nas rede sociais, com as fotos fechadas". Ao mencionar a presença dos artistas, destacou que os eventos da direta costumam ter imagens colhidas por drones, fotos feitas de cima etc".
Nicolas Ferreira, deputado mineiro muito visto nos atos deste domingo, foi outro a reagir, em seus perfis, interpretando o movimento como fracassado. "Mesmo com todo apoio que tiveram da lei Rouanet", alegou, mesmo não existindo qualquer denúncia ou indício de que isso tenha acontecido. (das agências)