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Presidente dos EUA faz discurso incendiário
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Presidente dos EUA faz discurso incendiário

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, após discursar na Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro de 2025 (Foto: ANGELA WEISS / AFP)
Foto: ANGELA WEISS / AFP Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, após discursar na Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro de 2025

Não foi só sobre o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva o discurso de Donald Trump. O presidente americano voltou à Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, 23, com um discurso incendiário no qual alertou os países europeus que estão "indo para o inferno" por causa da imigração ilegal, um fenômeno, segundo ele, incentivado pela ONU, que "não está à altura".

Em uma intervenção que superou amplamente os 15 minutos protocolares, Trump afirmou, ainda, que o reconhecimento de um Estado Palestino é uma "recompensa" pelos ataques de 7 de outubro de 2003, perpetrados pelo Hamas contra Israel, que resultaram na atual guerra em Gaza.

Trump criticou aliados e advertiu inimigos, mas também fez elogios a Lula, após ambos se cruzarem no corredor que dá acesso ao púlpito.

Com a Venezuela, o presidente americano foi muito menos gentil: "A todo terrorista bandido que esteja traficando drogas venenosas para os Estados Unidos da América: estejam avisados, faremos vocês explodirem", afirmou.

Os Estados Unidos lançaram pelo menos três ataques letais contra embarcações de supostos narcotraficantes no Caribe, resultando em pelo menos 14 mortos, segundo o balanço americano.

Ao se referir à Europa, as palavras soaram apocalípticas. "É hora de pôr fim à experiência fracassada das fronteiras abertas", disse Trump na Assembleia Geral da ONU, para depois acrescentar, em alusão aos países europeus: "Seus países estão indo para o inferno".

A ONU, disse, é responsável por essa "invasão", em comparação às medidas de seu governo na fronteira com o México, que reduziram a imigração ilegal a "zero".

Antes de Lula e Trump, havia falado o secretário-geral da ONU, António Guterres. "Os cortes na ajuda ao desenvolvimento estão causando estragos. Para muitos representam uma sentença de morte", disse Guterres, sem mencionar os Estados Unidos, principal doador do mundo.

O secretário-geral da ONU dedicou uma parte importante do discurso a lembrar a ameaça da mudança climática. Esse fenômeno é "a maior fraude da história", afirmou Trump. (AFP)

 

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