O potencial positivo e os perigos representados pelas chamadas big techs - empresas gigantes de tecnologia - foram citados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura da 80ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Segundo o presidente brasileiro, a regulação desse mercado é a melhor forma de evitar que o ambiente virtual se torne uma "terra sem lei", colocando em risco a vida e a saúde das pessoas.
"A democracia também se mede pela capacidade de proteger as famílias e a infância."
Lula lembrou que as plataformas digitais viabilizaram a aproximação das pessoas como jamais havíamos imaginado. "Mas têm sido usadas [também] para semear intolerância, misoginia, xenofobia e desinformação", acrescentou. Segundo Lula, a internet não pode ser uma terra sem lei.
"Regular não é restringir a liberdade de expressão. É garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratado assim no ambiente virtual. Ataques à regulação servem para encobrir interesses escusos e dar guarida a crimes, como fraudes, tráfico de pessoas, pedofilia e investidas contra a democracia."
Lula reletou que, em meio a esse contexto, o parlamento brasileiro aprovou uma das legislações mais avançadas do mundo "para a proteção de crianças e adolescentes na esfera digital". (Agência Brasil)