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"Vamos tirar essas pautas tóxicas", diz Motta após protestos contra anistia e PEC da Blindagem
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"Vamos tirar essas pautas tóxicas", diz Motta após protestos contra anistia e PEC da Blindagem

A fala acontece após manifestações que ocorreram em todo o País no domingo, 21
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Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos - PB) foi criticado após avanço da anistia e da PEC da Blindagem (Foto: Bruno Spada /Ag. Câmara)
Foto: Bruno Spada /Ag. Câmara Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos - PB) foi criticado após avanço da anistia e da PEC da Blindagem

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), considerou que as manifestações contrárias à PEC da Blindagem e ao projeto de anistia demonstram que a democracia no País "está viva e que a população está nas ruas defendendo aquilo que acredita".

Segundo ele, é preciso tirar as "pautas tóxicas" da agenda da Casa, para que o País possa olhar para a frente. Motta participou de evento promovido pelo BTG Pactual em São Paulo ontem.

"E agora é chegado o momento de tirarmos da frente todas essas pautas tóxicas. Talvez a Câmara dos Deputados tenha tido, na semana passada, a semana mais difícil e mais desafiadora. Mas este presidente aqui que vos fala, nós decidimos que nós vamos tirar essas pautas tóxicas porque ninguém aguenta mais essa discussão. O Brasil tem que olhar para frente."

A fala acontece após manifestações que ocorreram em todo o País no domingo, 21. Milhares de brasileiros pressionaram em resposta à aprovação da PEC da Blindagem na Câmara e à aprovação do regime de urgência para a votação do projeto que concede anistia aos condenados do 8 de Janeiro.

Em relação à anistia, Motta afirmou que se trataria de uma solução legislativa com o objetivo de buscar a pacificação do país. O presidente defendeu uma proposta de consenso, que respeite o papel do Supremo e que possa rever as penas.

Já quanto à PEC da Blindagem, ele afirmou que houve uma "distorção" da discussão sobre o texto e que, caso o Senado considere que o projeto não deve prosperar, que o arquive.

"Enquanto presidente da Câmara, respeito a posição que o Senado vai ter em relação à PEC. É um dever do Senado. Se o Senado achar que a PEC não é interessante, que vote contra, arquive", declarou.

A PEC deve ser pautada na quarta-feira, 24, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Segundo o relator, o texto terá relatório contrário e a expectativa é que a matéria seja rejeitada no mesmo dia. (Com Agência Câmara de Notícias)

 

Cenário

Mesmo senadores do PL, partido que votou 100% pela PEC da Blindagem na Câmara, defendem mudanças na proposta. Cerca de 51 senadores já se manifestaram contra a PEC

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