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Luizianne Lins se recusa a assinar documento de deportação e segue detida em prisão israelense
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Luizianne Lins se recusa a assinar documento de deportação e segue detida em prisão israelense

Deputada considerou o documento abusivo. Ela está presa na penitenciária de Ketziot, no sul de Israel. Quatro brasileiros assinaram o documento e um quinto manifestou intenção, mas ainda não o fez
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A deputada federal Luizianne Lins e os 12 brasileiros detidos pelas forças de Israel receberam visita consular nesta sexta-feira, 3 (Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Reprodução/Instagram A deputada federal Luizianne Lins e os 12 brasileiros detidos pelas forças de Israel receberam visita consular nesta sexta-feira, 3

A deputada federal cearense Luizianne Lins (PT) se recusou a assinar o documento de deportação acelerada oferecido pelas autoridades israelenses e permanece detida na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, sul de Israel.

Segundo a advogada que acompanha a delegação, Luizianne considerou o documento abusivo e decidiu não assinar, "estando em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento".

Em nota enviada a imprensa, foi informado que decisão da parlamentar considerou sua "trajetória na defesa dos direitos humanos". Luizianne "entendeu que sua responsabilidade ia além de sua própria situação", afirma a nota.

A parlamentar integra a delegação brasileira da flotilha humanitária Global Sumud Flotilla, interceptada por forças israelenses em águas internacionais enquanto transportava alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza.

O primeiro integrante da delegação brasileira detido em Israel foi deportado do país após participar da Global Sumud Flotilla. Nicolas Calabrese foi deportado para a Turquia com os custos de passagem pagos pelo consulado italiano em Israel, segundo informações divulgadas por grupos de apoio aos ativistas.

Os brasileiros da Flotilha Global Sumud, receberam assistência de diplomatas da Embaixada do Brasil em Israel e de outros países na última sexta-feira, 3, após dois dias da intercepçãopelas forças armadas.

Segundo documento do Itamaraty, a todos os ativistas foi facultada a assinatura de documento que facilita e acelera o processo de deportação. "Quatro brasileiros já assinaram o documento e um quinto brasileiro manifestou intenção de assiná-lo, mas ainda não o fez".

A Flotilla confirmou que cinco brasileiros declararam estar em greve de fome contra o governo israelense. São eles: Ariadne Telles, Bruno Gilga, João Aguiar, Thiago Ávila e um outro integrante não identificado.

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