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Guerra em Gaza completa dois anos com rastro de destruição e milhares de mortos
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Guerra em Gaza completa dois anos com rastro de destruição e milhares de mortos

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SEGUNDO a ONU, mais de meio milhão de pessoas em Gaza estão passando fome (Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP)
Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP SEGUNDO a ONU, mais de meio milhão de pessoas em Gaza estão passando fome

Ontem, o conflito na Faixa de Gaza completou dois anos com um rastro de destruição e mortes. São contabilizados mais de 67 mil palestinos mortos e 170 mil feridos, de acordo com as autoridades de saúde em Gaza.

Do lado israelense, são 1.665 mortos, 1,2 mil apenas nas primeiras horas do ataque do Hamas a Israel, que marca a data. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas na ação. Quarenta e oito reféns permanecem em Gaza, dos quais acredita-se que 20 estejam vivos.

O atentado de 7 de outubro foi considerado o mais sangrento da história de 75 anos do estado de Israel. A resposta de Israel, que foi além de áreas militares, destruindo casas, hospitais e escolas, gerou revolta internacional. O termo genocídio começou a ser utilizado para se referir à situação em Gaza. Acusações são negadas por Israel.

A guerra entre Israel e o Hamas devastou a Faixa de Gaza. O cerco de Israel impede que qualquer ajuda chegue à região. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 1.857 palestinos foram mortos enquanto buscavam comida na Fundação Humanitária de Gaza, um esquema militarizado de distribuição de ajuda apoiado pelos Estados Unidos e Israel, que começou a operar em 27 de maio de 2025.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), uma a cada três pessoas em Gaza passa dias sem comer e há mais de 320 mil crianças pequenas que estão em risco de sofrer desnutrição aguda. Não houve trégua nem mesmo neste dia 7. Tanques, barcos e jatos israelenses bombardearam partes da Faixa de Gaza.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano de trégua para interromper o conflito. O plano prevê a libertação dos reféns israelenses em Gaza, a libertação de prisioneiros palestinos por Israel e o desarmamento do Hamas, que não poderá participar da governança de Gaza. Um grupo formado por lideranças estrangeiras comandaria um governo de transição.

O principal negociador do Hamas, Khalil Al Hayya, declarou nesta terça-feira, 7, durante as conversações indiretas com Israel no Egito, que o grupo "quer garantias do presidente [dos Estados Unidos Donald] Trump e dos países patrocinadores de que a guerra terminará de uma vez por todas".

"Não confiamos na ocupação, nem por um segundo", afirmou ao meio de comunicação egípcio Al-Qahera News, vinculado ao Estado, em referência a Israel.

"Ao longo da história, a ocupação israelense não cumpriu suas promessas, e experimentamos isso duas vezes nesta guerra. Portanto, queremos garantias reais", acrescentou, acusando Israel de violar duas vezes o cessar-fogo no atual conflito.

Na data, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu conquistar todos os objetivos da guerra em Gaza, a começar pela libertação dos reféns.

"Vivemos dias transcendentais, decisivos. Continuaremos atuando para conquistar todos os objetivos da guerra: o retorno de todos os sequestrados, a eliminação do governo do Hamas e a garantia de que Gaza nunca mais represente uma ameaça a Israel", disse Netanyahu em comunicado.

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