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Após prisão em Israel, Luizianne chega a Fortaleza neste sábado, 11
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Após prisão em Israel, Luizianne chega a Fortaleza neste sábado, 11

|Tempo| Deputada integrava flotilha que tentava chegar a Gaza
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Deputada federal Luizianne Lins falou em suas redes sociais sobre prisão Israelense. (Foto: Reprodução/Instagram)
Foto: Reprodução/Instagram Deputada federal Luizianne Lins falou em suas redes sociais sobre prisão Israelense.

A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) desembarcará em Fortaleza na tarde deste sábado, 11. Na última quinta-feira, 9, ela desembarcou no aeroporto de Guarulhos (SP), encerrando a missão humanitária que integrava rumo a Gaza e que foi detida por forças israelenses. Os ativistas foram detidos em uma prisão no deserto israelense.

Após chegar ao Brasil, a deputada seguiu para Brasília, onde tinha compromissos antes do retorno à Capital. O desembarque da deputada está previsto para as 16h, no Aeroporto Pinto Martins, onde deverá conceder entrevista coletiva. Ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne estava como observadora internacional da flotilha humanitária, que levaria alimentos e medicamentos a palestinos.

Dificuldades passadas

A ex-prefeita de Fortaleza chegou ao Brasil em voo Qatar Airways. Em Guarulhos, parlamentares, familiares e manifestantes aguardavam o desembarque dela e dos outros 12 brasileiros que integravam a missão. Detida pelo governo de Israel junto com o grupo, Luizianne foi deportada para a Jordânia na última terça-feira, 7.

Em coletiva de imprensa concedida ainda no aeroporto, a deputada destacou os 31 dias de ativismo e ressaltou o que considera ser a mais importante conquista da iniciativa.

"A coisa mais importante que nós trazemos aqui é a sensação que foram movidos muitos sentimentos, corações e mentes no mundo inteiro", disse em fala breve, acrescentando: “A gente passou por muitas dificuldades, mas a gente tem certeza, que essa dificuldade não chega nem próximo do que o povo palestino cotidianamente vem sofrendo”

Missão humanitária e detenção em Israel

A deputada integrava a Flotilha Global Sumud, iniciativa internacional com o objetivo de romper o bloqueio a Gaza e levar suprimentos humanitários. Em águas internacionais, as embarcações foram interceptadas pelas Forças Armadas de Israel. Mais de 470 pessoas que participavam na flotilha Global Sumud foram detidas, segundo as autoridades israelenses.

Após a ação de interceptação, ela e outros ativistas foram conduzidos para a prisão de Ktzi’ot, no deserto de Neguev, onde permaneceram detidos. Em vídeo publicado nas redes sociais, Luizianne falou sobre as dificuldades durante a prisão e que “sentiu na pele tudo que o exército israelense é capaz de fazer”.

“Nós fomos, na verdade, sequestrados pelo exército israelense, porque nós não estávamos em águas israelenses, estávamos chegando em Gaza. Após isso, o Exército de Israel tomou o controle dos barcos e nos levou para o porto de Ashdod e, de lá, nós fomos considerados presos. Segundo o próprio ministro da Segurança Nacional e o próprio Netanyahu, nós íamos ser tratados como terroristas e assim o fizeram”, falou.

Negociações diplomáticas e libertação

Após dias de detenção, o governo brasileiro anunciou a libertação dos 13 brasileiros que integravam a flotilha, incluindo Luizianne.

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil declarou em comunicado na terça-feira que, "após negociações conduzidas pelo governo" brasileiro, os 13 brasileiros que estavam nos barcos "foram conduzidos até a fronteira com a Jordânia e libertados".

A parlamentar comemorou nas redes sociais: “Após seis dias de prisão ilegal em Israel, os 13 brasileiros da Flotilha Global Sumud estão finalmente livres”. Nas redes sociais, Luizianne tem registrado os fatos vividos desde a interceptação até o retorno.  Em um post recente, ela nega alegações de que a flotilha fosse financiada pelo Hamas, classificando tais afirmações como falsas.

Em outro vídeo, lamentou a ação de Israel contra civis pacíficos, reforçando sua narrativa de que o governo israelense “atacou a flotilha solidária à Palestina”.  Além disso, ela divulgou vídeos recentes — antes do retorno — em que relata sua experiência e as operações ao redor da missão humanitária. 

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