A Prefeitura de Fortaleza defendeu o caráter democrático e participativo do Plano Diretor. O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Metropolitano de Fortaleza (Ipplan), Artur Bruno, afirmou que o documento final é o resultado de um amplo debate.
Segundo ele, o plano "foi muito discutido, fizemos oito audiências públicas, foram três anos de debate". Ele defendeu que o texto apresentado é "o mais avançado, mais progressista da história de Fortaleza, sobretudo porque teve muita participação popular".
O gestor também garantiu que os delegados tinham autonomia para propor melhorias e aperfeiçoar o texto do anteprojeto.
Sobre a fala da delegada, a Prefeitura enviou uma nota ao O POVO. A íntegra:
"A Prefeitura de Fortaleza entende que a Conferência da Cidade do Plano Diretor é um espaço democrático. Como tal, está aberto a falas de todas as pessoas, com posições convergentes e divergentes.
A composição dos delegados para participação na Conferência respeitou o seguinte: de 596 delegados, 260 delegados representantes do poder público e 312 delegados representantes da sociedade civil, além de 24 natos. A mesma proporcionalidade foi aplicada nos seis grupos de trabalho.
Vale ressaltar que diferentes sugestões voltadas a estimular a participação e controle social foram aprovadas. Como por exemplo: o monitoramento dos objetivos do Plano Diretor terá participação da sociedade civil.
Foi garantida a participação da sociedade civil organizada e dos movimentos populares na elaboração do projeto de lei do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU); também foi garantida a inclusão dos Conselhos Municipais de Política Urbana como instrumento de gestão participativa.
Todas estas propostas foram sugeridas pelo campo popular, e aprovadas dentro do Grupo de Trabalho e na plenária final.
A própria minuta submetida à Conferência da Cidade foi composta por propostas recebidas ao longo dos 32 meses de processo de revisão, que contou com a participação de milhares de pessoas".