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PL-CE discute chapas e evita mencionar Ciro
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PL-CE discute chapas e evita mencionar Ciro

2026
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Deputados e vereadores do PL Ceará se reúnem no restaurante Coco Bambu, em Fortaleza, para confraternização e para discutir chapas estaduais e federais para 2026 (Foto: Reprodução/ Instagram @inspetoralberto)
Foto: Reprodução/ Instagram @inspetoralberto Deputados e vereadores do PL Ceará se reúnem no restaurante Coco Bambu, em Fortaleza, para confraternização e para discutir chapas estaduais e federais para 2026

O Partido Liberal (PL) do Ceará realizou, na tarde desta sexta-feira, 5, uma reunião com deputados, vereadores e lideranças da sigla. O encontro, definido pelos participantes como uma “confraternização de fim de ano”, concentrou-se na discussão das chapas proporcionais para as eleições de 2026.

Os parlamentares evitaram tratar sobre o futuro da aliança com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PSDB), e sobre a suspensão das negociações anunciada nesta semana. A narrativa apresentada pelos participantes foi uniforme: a reunião estaria restrita à organização da chapa estadual e federal do PL.

Dra. Silvana, líder da sigla na Assembleia Legislativa, reforçou que não houve discussões sobre conflitos internos ou indefinições majoritárias. Ao O POVO, ela afirmou que o encontro teve como objetivo “unificar cada vez mais o PL para ficar bem claro que o PL não tem nenhuma aresta para resolver dentro do partido”.

Segundo a parlamentar, “a questão majoritária tanto de governador como de Senado vai ficar mais para frente”, cabendo ao presidente estadual da sigla, o deputado federal André Fernandes (PL), consolidar as decisões no momento adequado.

A deputada ressaltou ainda que a intenção central foi demonstrar coesão. “Foi com a intenção de unificar cada vez mais o PL, que está todo mundo satisfeito com ele”, afirmou Silvana sobre André. "Foi o que senti na reunião: é que vai fazer a determinação para todo mundo seguir, seguir, sem reclamar, seguir e aplaudir. Esse é o comando”, disse a parlamentar.

Compareceram ao evento o presidente estadual do PL, deputado federal André Fernandes; o deputado estadual Alcides Fernandes, pai de André e pré-candidato ao Senado lançado por Bolsonaro; os vereadores Julierme Sena, Pedro Matos, Inspetor Alberto, Jorge Pinheiro e Bella Carmelo; os deputados estaduais Carmelo Neto, Dr. Silvana e o esposo, Dr. Jaziel.

De fora do PL, estavam presentes os deputados estaduais Lucinildo Frota, filiado ao PDT, mas com migração ao PL já confirmada, e Antônio Henrique (PDT), também estiveram presentes.

André Fernandes recusou dar declarações a imprensa, assim com a vereadora Priscila Costa (PL), lançada como pré-candidata ao Senado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Ao final do almoço, o deputado federal e a vereadora. Segundo os membros presentes, as decisões sobre candidaturas majoritárias serão deliberadas posteriormente, sob responsabilidade direta do presidente estadual do PL.

Tanto o deputado estadual Lucinildo Frota quanto o colega Antônio Henrique reiteraram que a reunião tratou somente da formatação das chapas para Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa.

“Hoje foi só uma confraternização e nós falamos de chapa do PL federal e estadual. Não teve outro assunto em relação a Ciro, em relação a esse problema do PL, suspensão da aliança, não teve. Só chapa federal e estadual”, afirmou Lucinildo Frota. Questionado sobre manutenção de apoio a Ciro, o deputado não cravou se manteria o apoio, afirmando que falaria sobre o assunto nos próximos dias.


"Puxão de orelha" de Michelle e suspensão da aliança entre Ciro e PL

André Fernandes anunciou, na terça-feira, 2, que as negociações com Ciro estão suspensas por tempo indeterminado. Segundo Fernandes, a suspensão das negociações com Ciro no Ceará foi motivada principalmente por um “ruído de comunicação” interno e pelo impacto da restrição de comunicação de Bolsonaro, preso por tentativa de golpe. A declaração foi feita após reunião da cúpula nacional do PL, em Brasília.

“Mas ao que tudo indica, pelo momento, nós vamos dar uma pausa, nós vamos repensar. Vamos analisar um futuro melhor para o Estado do Ceará e eu agradeço a confiança de continuar à frente nessa articulação. Espero poder ajudar e contribuir para que o Ceará se livre do PT no Estado, mas também dê a parcela de ajuda nacionalmente”, afirmou o deputado federal.

O desentendimento dentro do partido veio após fala de Michelle no Ceará. Durante discurso no evento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo), a ex-primeira-dama criticou o deputado por articular aliança em torno de Ciro para disputa pelo Governo do Estado.

Michelle deu um “puxão de orelha” no PL Ceará por conta da aproximação com Ciro. Na ocasião, ela citou nominalmente Fernandes e disse que, apesar do “orgulho” que sentia por ele, não seria viável apoiar uma pessoa que já criticou o ex-presidente.

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