O ministro do Turismo, Celso Sabino (sem partido), confirmou, na tarde desta quarta-feira, 17, que deixará o governo em função de o partido União Brasil ter pedido a vaga na pasta. Segundo Sabino, ele deve ser substituído por Gustavo Feliciano.
"Eu imagino que o partido deva ter as suas razões para ter tomado essa decisão de se afastar do governo e deve ter suas razões também para agora buscar se aproximar do governo".
Sabino disse que a sua saída da pasta servirá para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter governabilidade no Congresso Nacional e que agora atuará em como cabo eleitoral do chefe do Executivo no Estado e pela própria pré-candidatura ao Senado.
"Atendendo esse chamado do presidente Lula, devo seguir nesse projeto, que é uma cadeira no Senado Federal da República para representar o Estado do Pará."
Sabino afirmou já conduzia conversas sobre a sua saída do ministério do Turismo com Lula dias antes. Apesar do rompimento do União Brasil com o Palácio do Planalto, pouco menos da metade da bancada de 59 deputados ainda votam com o governo na Câmara. Foi esse grupo pediu a troca de Sabino para continuar aprovando os projetos de interesse da gestão Lula.
O ex-secretário de Turismo da Paraíba Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB), será o novo ministro. Feliciano é aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Sabino foi expulso do União Brasil na semana passada. A decisão foi tomada porque Sabino desobedeceu à ordem para entregar o cargo depois que a cúpula do partido decidiu romper com o governo Lula.
Sabino enfrentou processo no Conselho de Ética do União Brasil e já havia dito que não podia cumprir o "ultimato" dado pela legenda e sair do governo às vésperas da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), realizada em novembro, no Pará.
Sem partido, ele disse que deverá tomar uma decisão até fevereiro do próximo ano. Ele disse que há "requisitos essenciais" para aceitar ingressar em algum partido: a sigla tem que "defender o progressismo, desenvolvimento, a democracia e projetos estruturantes para o Pará", o dar autonomia para tocar a política partidária e independência para "andar junto ao presidente Lula no Pará'.
'Nossa pré-candidatura ao Senado está posta, e todo o Estado do Pará, as pessoas têm me instado nessa direção, e o presidente é um entusiasta desse projeto. A gente vai seguir agora nos próximos dias, volto agora à Câmara dos Deputados e nessa pré-campanha ao Senado".