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Toffoli nega pedido da PGR e mantém acareação em investigação sobre Master
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Toffoli nega pedido da PGR e mantém acareação em investigação sobre Master

| Supremo | A apuração busca esclarecer suspeitas de irregularidades em uma operação que envolveria R$ 12 bi
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MINISTRO Toffoli (Foto: Fellipe Sampaio /STF)
Foto: Fellipe Sampaio /STF MINISTRO Toffoli

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a acareação marcada no inquérito que apura suspeitas de fraude na tentativa de venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB).

A decisão foi tomada na noite de quarta-feira, 24, poucas horas após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhar ao Supremo parecer em que defendia a suspensão do ato. O processo tramita sob sigilo, ou seja, apenas as partes podem ter acesso aos trâmites da ação.

Com a negativa, Toffoli manteve para terça-feira, 30, a acareação entre Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master; Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB; e Ailton de Aquino, diretor do Banco Central. A audiência está prevista para ocorrer por videoconferência, mesmo com recesso do Judiciário, que só retoma os trabalhos no final de janeiro.

No pedido rejeitado, Gonet sustentou que a realização da acareação neste estágio da investigação seria prematura.

O procurador-geral argumentou que o Código de Processo Penal prevê o uso do instrumento preferencialmente após o interrogatório dos investigados, quando há divergências identificáveis em relação a outros depoimentos ou testemunhos.

Ao negar a solicitação, Toffoli concluiu que já existem elementos suficientes nos autos para justificar o confronto de versões, mesmo sem a realização prévia dos interrogatórios formais, segundo informou inicialmente a CNN Brasil.

A investigação busca esclarecer suspeitas de irregularidades em uma operação que envolveria cerca de R$ 12,2 bilhões e que acabou não sendo concluída.

O Banco Central, sob presidência de Gabriel Galípolo, apontou indícios de problemas na negociação ao analisar a integridade da transação. O Master, então, foi liquidado.

As decisões de Toffoli no âmbito desse processo se dão na esteira de uma série de denúncias que atribuem ao também ministro Alexandre de Moraes tentativas de interferência para assegurar a venda do Master para o BRB. Moraes nega. (Agência Estado)

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