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O movimento de jovens em busca de abrir uma empresa é comprovado em números. Relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2017, do Sebrae/IBQP, aponta que 30,5% dos brasileiros na faixa etária de 25 a 34 anos foram os mais ativos na criação de novos negócios - são proprietários ou estão tentando abrir uma empresa. Do total de 27,4 milhões de classificados como empreendedores iniciais, 15,7 milhões eram ainda mais novos, entre 18 e 34 anos, conforme a pesquisa.
3 estratégias de Luan
1.Determinação
"Vai ter que vender a história, ou vendendo para o cliente ou vendendo para o colaborador, para o fornecedor, para o banco. Você tem que gostar de vender, você está sempre vendendo para alguém seu negócio, suas ideias".
2.Controle de caixa
"Se não impecável, muito próximo do impecável. Todo dia você tem que estar fechando caixa, tem que estar com seu fluxo em dia, tem que saber quanto você está devendo, quanto tem que pagar, quanto tem que fazer para quitar suas dívidas. Sabendo disso, o resto é consequência e na pior das hipóteses vai aprender alguma coisa para mais na frente servir".
3.Network
"Relacionamento principalmente para quem é muito pequeno, pode ser muito eficaz, eu fui muito ajudado para construir a loja"
Uma vendinha em ascensão
Tornar-se um líder, administrar a própria empresa e ter colaboradores. Era assim que Luan Goes, 27, visualizava o sonho de empreender. Com a participação em feiras de moda, a marca de moda masculina Parko virou uma loja, na avenida Monsenhor Tabosa.
"Muito novo tive oportunidades, trazia roupa de fora e vendia para os meus amigos aqui na cidade. Ao invés de comprar um carro, pedi para a minha mãe o dinheiro. 'Não vamos comprar o carro não que tem que pagar a prestação, me dá o dinheiro que eu giro'. De fato, eu girei", conta.
Na faculdade de Engenharia de Produção Mecânica, Luan seguiu o padrão à risca: estagiou em grandes empresas, foi presidente de uma empresa júnior. Até perceber que precisava voltar ao plano inicial e, em 12 de julho de 2015, fez a primeira vendinha da Parko com um sócio. "Foi dinheiro do estágio, juntei R$ 1 mil e pouquinho, meu sócio juntou R$ 1 mil e pouquinho, faltou R$ 1 mil e pouquinho para comprar sacola, pedi emprestado para o meu pai. A marca foi se desenvolvendo, foi tendo repercussão, conseguiu participar de mais feiras importantes, chegou a ir para a Babilônia Feira Hype do Rio.
Tivemos acesso ao Bazar La Boutique, consegui criar volume de venda", explica.
Até julho de 2016, todo o lucro da marca era utilizado para crescer; Luan desfez a sociedade e passou a tocar sozinho o ciclo operacional. Ficou cerca de dois anos sem salário, amargou o fracasso de um e-commerce, mas conseguiu abrir a loja física em 1º de dezembro de 2017. "Primeiro, foi feira que só dava mulher, depois foi feira que tinha muita marca grande, depois foi feira que ninguém conhecia a gente, a gente ficou muito bom em atender. Aí eu falei: Pô, eu estou com um cara (convidado para trabalhar com ele) que tem 10 anos de varejo, tem um ponto que está barato pela situação do País, eu tenho conhecimento de como atender, então eu vou para cima", completa.
Números
R$ 80 mil Aproximadamente foi o valor aplicado para abrir a loja física.
R$ 60 mil Foi o capital próprio de Luan investido no negócio - empréstimo e poupança
R$ 20 mil Era o valor de dívidas com fornecedores, que já foi quitado.
4 Funcionários trabalham na Parko, sendo dois fixo e dois freelancers.