Durante muito tempo, os nossos braços foram o único meio capaz de construir algo. Nossa força física era responsável por tudo que precisávamos construir. Depois veio a revolução industrial. Nesta época, houve uma completa transformação na vida das pessoas de um modo geral. As máquinas substituíram nossa força física, criando uma maneira automatizada de realizar tarefas. Nos últimos anos, vivemos a "Era da Tecnologia". O que antes era feito pelos nossos músculos e pelas máquinas passou a ser feito pelos computadores e smartphones. Diversos setores da economia, como táxis, hotéis, publicidade e muitos outros precisaram se reinventar para não entrar em declínio. Um hotel, por exemplo, não vale mais pela quantidade de estrelas que ele se diz possuir, mas sim pela quantidade que os clientes dizem que ele merece ter no TripAdvisor. Serviços como esse se ampliaram, e o que antes era caro e exclusivo tornou-se acessível por meio da tecnologia. Por mais instigante e benéfica, a "Era da Tecnologia" já é comum e agora estamos iniciando uma nova fase: "A era dos robôs".
Para criar essas máquinas que raciocinam e decidem, um instrumento de grande relevância tem sido aperfeiçoado no século atual: a Inteligência Artificial (IA). Quando se fala desse assunto, vários questionamentos são gerados. Qual impacto isso terá na economia não só do nosso País, mas no mundo como um todo? Será que robôs e humanos irão conviver juntos? E se conviverem, há chance de nossa espécie ser extinta por eles? Para iniciarmos, vamos conhecer os tipos de Inteligência Artificial, são elas: Superinteligência Artificial, Inteligência Artificial Geral e Inteligência Artificial Específica. A Superinteligência Artificial e a Inteligência Artificial Geral são os tipos mais discutidos hoje. Um desenvolvimento desse tipo geraria máquinas autoconscientes, vemos exemplos em alguns filmes de ficção científica como o "Eu Robô" e o "Exterminador do Futuro". Máquinas assim poderão causar até a extinção da raça humana. A terceira e última categoria é a Inteligência Artificial Específica, e ela estará cada vez mais presente no nosso dia a dia. Ela não possui capacidade cognitiva e seu objetivo é solucionar questões específicas. Google Home e a Siri já fazem parte da nossa vida, podemos fazer perguntas relacionadas ao clima, acontecimentos, mandar tocar uma música ou até mesmo fazer compras em alguns sites de e-commerce. À medida que interagimos com esses assistentes virtuais, eles armazenam nossos gostos e preferências, e mais, eles conseguem ainda nos sugerir novas opções.
E no futuro, o que faremos? Uma coisa é fato: tarefas repetitivas, que envolvem grandes volumes de dados, análises e reconhecimento de padrões, há uma grande chance de serem substituídas por aplicações de Inteligência Artificial. Milhões de profissões deixarão de existir e muitas outras serão criadas. Essa aflição gera ansiedade nas pessoas. Mudar e adaptar-se realmente é difícil, mas essa história não é nova e evoluir é uma característica peculiar nossa. Em virtude de tudo isso, modernas indústrias surgirão, trabalhos diferentes vão aparecer, a humanidade terá maior acessibilidade, produtividade, e todo o processo atual fará nós vivermos melhor. Em 2050, estima-se que o mundo terá nove bilhões de pessoas. Para isso, precisamos ter água limpa, alimentos nutritivos, moradia acessível, educação personalizada, assistência médica de primeira e energia abundante e não poluente. Construir esse mundo melhor é o maior desafio hoje e precisamos dos robôs para nos ajudar neste processo.
PROF. GABRIEL TAVARES DE MELO FREITAS
Instituto Federal do Ceará
Campus Boa Viagem