Outra vertente que segue a ideia de responsabilidade empresarial são os negócios de impacto social. Esse tipo de empresa tem como objetivo transformar o cenário no qual estão inseridas, por meio de produtos finais que agreguem à população de forma social e sustentável.

O levantamento Retrato dos Pequenos Negócios Inclusivos e de Impacto no Brasil 2017, do Sebrae, feito com 837 iniciativas empreendedoras do País, indica o Nordeste como a terceira região com mais empresas do tipo, representando 15,1% do total e estando atrás do Sudeste e do Sul. Na mesma região, 32,5% das empresas apresentam faturamento anual até R$ 60 mil e 8,7% tem faturamento entre R$ 300 mil e R$ 600 mil, sendo a maior porcentagem desse tipo entre as regiões.

"As grandes economias do mundo estão ressignificando seus valores. Elas olham os produtos, os serviços e o que eles estão fazendo para atingir as metas da ONU. E a gente já está começando a se conscientizar, buscando um produto que dê uma qualidade de vida melhor. As empresas começam a perceber que elas precisam ressignificar valores", garante o CEO da In3citi, Haroldo Rodrigues. A empresa liga investidores e empresas que possuem em comum o compromisso de gerar impacto positivo na sociedade.

Atualmente, a In3citi trabalha com quatro negócios, dos quais três estão em fase de protótipo. O destaque é a plataforma Nina, linkada ao aplicativo Meu ônibus, ferramenta na qual é possível denunciar casos de assédio no transporte público. A plataforma já conta com mais de dois milhões de usuários e expandiu para cidades como Belo Horizonte, Recife e Niterói.

"É uma dinâmica que eu chamo de nova economia, mais intensa, foca mais no capital humano. Está indo numa experimentação, porque ainda tem muito empresário desconfiado. O sucesso é pelo impacto por pessoas. O padrão é que cada pessoa impactada gere um valor da moeda (um real, um euro, um dólar…)", explica Haroldo. Para ele, a tecnologia é a principal ferramenta de mudança, devido à natureza mais democrática.