Como uma forma de ajudar os negócios desses microempreendedores a evoluir, o Sebrae oferta cursos. Em alguns encontros, além de trabalhar no desenvolvimento do espírito empreendedor, o órgão também traz oficinas com especialistas em design que atuam com objetivo de estimularem o artesão a expandir técnicas. "A visão de empreendedor é o que Sebrae procura trabalhar. Nós queremos que ele [artesão] desenvolva a capacidade de gerir seu próprio negócio. Ele precisa ter olho no mercado, fazer um bom marketing de seu produto, usar as mídias digitais, comercializar pela internet, ampliar sua área de atendimento", afirma Rogério.
Na Central de Artesanato do Ceará (CeArt), por exemplo, são realizados, anualmente, aproximadamente 24 cursos em parceria com o Sebrae. As oficinas contam com capacitação tecnológica e de gestão de negócio, nas quais são abordados o mercado, o empreendedorismo, as dicas sobre como fazer uma planilha de custos, entre outros. "O primeiro passo para se qualificar como artesão é fazer um teste de aptidão. Depois disso, ele recebe a Carteira Nacional do Artesão e Trabalhador Manual especificando qual a especialidade dele", explica Lúcia Coelho, gerente de verificação do Selo CeArt.
De acordo com ela, para um maior alcance dos produtos, a Central sempre incentiva o artesão a trabalhar em grupo. "Se ele trabalha sozinho, a produtividade acaba sendo mais lenta, e ele não consegue vender uma quantidade maior de produtos e o lucro passa a ser menor", ressalta.
Neste ano, inclusive, o Sebrae trabalhou no "Projeto Brasil Original", o qual recebeu, no Cariri, cerca de 200 artesãos de todo o Estado. No evento, foi realizada uma rodada de negócios com o objetivo de ampliar o mercado consumidor desses artesãos, abrindo portas para um contato com lojistas de outros estados.