São 10 mil m² de área total, 26 elevadores, dois helipontos e mais de 700 unidades. Esse é o BS Design, novo prédio comercial da construtora BSPAR, inaugurado no último mês na avenida Desembargador Moreira, Aldeota. Recebeu reconhecimento internacional A . Restaurantes, padaria estão entre as áreas comuns confirmadas e espaço de coworking e academia em negociação para compor o empreendimento.
Segundo o diretor de incorporações da BSPAR, Fábio Albuquerque, a procura pós-entrega aumentou, entre clientes que querem ampliar suas salas e novos compradores. Fábio foi o convidado do Mercado Imobiliário, programa da Rádio O POVO/CBN.
Além de falar do mais novo empreendimento, Fábio comenta o cenário geral do mercado imobiliário em Fortaleza, em especial o de salas comerciais.
O POVO - Em um mercado tão ofertado de salas comerciais, o que significa posicionar um produto como o BS Design cujo padrão é acima da média?
Fábio Albuquerque - Posicionar um produto no mercado imobiliário vem justamente para fugir desse oceano vermelho que o mercado de salas se tornou. Muitas salas foram ofertadas ao longo de alguns anos e com poucos diferenciais entre elas. E o BS Design veio trazendo um nível de qualidade e um nível de infraestrutura, conceito, que o colocou em um oceano azul. Nós temos um conceito muito interessante de flight to quality, onde os clientes que estão hoje nos seus escritórios, em algum prédio ou então na rua, querem fazer um upgrade e precisam escolher.
OP - O mercado paga mais caro quando reconhece a qualidade de um produto que visivelmente é posicionado acima da média do mercado?
Fábio - O mercado, de forma geral, desde os corretores aos clientes, tem um conceito de preço por metro quadrado e de tentar nivelar isso de forma como se tratássemos de commodities. É a mesma coisa de pensar por quanto nós vamos pagar por pneu por carro, quando nós temos carros econômicos e de super luxo. Isso tem que ser realmente diferenciado. Então, o mercado paga sim. Entende que existe uma diferença de produto. Não só de produto, mas especialmente de localização, que hoje é de fato o que o cliente procura. A comodidade de estar perto de casa, de estar perto de centros urbanos etc. Mas, infelizmente, o mercado tenta regular pelo preço do metro quadrado. Felizmente temos agora no BS Design, que agora está pronto, que a cortina foi tirada, muitas visitas, muita gente querendo conhecer um pouco mais.
OP - Como vocês trabalham a comunicação com o time de vendas?
Fábio - Nós temos uma área dentro da BSPAR que faz o treinamento, fazemos diversas visitas com a imobiliária. Durante a obra, nós levamos diversas imobiliárias, inúmeros corretores para visitar, para conhecer. Para tentar passar para eles justamente o sentimento que eles têm que levar ao cliente. Nosso trabalho é constante junto às imobiliárias. Temos um trabalho não só de conhecimento, mas de mostrar para o corretor onde o cliente dele pode ganhar. O mercado tem um conceito que somente parte do custo de manutenção da sala é o valor dela em si. Outro custo de manutenção é o quanto que você paga para manter ela durante a vida dela. Se você considera 50 anos de vida útil de um prédio, vai ver que 30 a 50% do custo da sala não é da própria sala, mas da manutenção. E o BS Design traz justamente uma economia nessa manutenção. BS Design deve ficar de 20 a 30% mais barato de manutenção do que os prédios ao redor dele. Por uma série de fatores que nós investimos durante a obra. Todos os nossos vidros têm película anti UV, que evita a entrada de calor, economizando no ar-condicionado. Nossos elevadores são de última geração, têm regeneração de energia, Sistema Kers. Nosso prédio é certificado LEED. Além disso, tem uma série de itens como pisos elevados, tipos de jardins, tipo de irrigação que a gente utilizou, o material que nós utilizamos. Tudo isso traz um custo de manutenção menor para o prédio que, ao longo da vida, o cliente vai pagar mais barato do que se estivesse em um prédio convencional.
OP - Como o senhor observa o impacto no mercado corporativo dos investimentos aéreos e portuários no Ceará?
Fábio - Tudo isso favorece a nossa economia, seja no turismo, seja na vinda de empresas para cá. Nós tivemos também o que chamamos de HUB tecnológico. São as fibras ópticas que estão chegando aqui. São grandes empresas do mercado mundial que estão aqui para se beneficiar ou contribuir com porto, aeroporto e questão de tecnologia de fibras que, de uma forma ou de outra, irão trazer outras empresas e mais funcionários qualificados. O próprio Porto do Pecém leva muita empresa para lá, mas boa parte daquelas pessoas vem morar em Fortaleza, melhorando a necessidade de imóveis para locação, como também trazem a parte administrativa das empresas para Fortaleza. Eu entendo como muito positivo para o mercado como um todo. Não só o comercial, como o residencial também.
OP - O senhor tem percebido mais movimentação em relação ao HUB portuário do que o aéreo?
Fábio - O HUB portuário já trouxe muita gente para cá, tem estimulado bastante empresas a fazer investimento no Estado, melhorando a mão de obra, melhorando o desenvolvimento, e o HUB aéreo nós acreditamos que ainda iremos sentir essa melhoria trazendo para cá possibilidade de voo. Fortaleza, ao meu entender, vai se colocar no mapa como ponto obrigatório de pouso, tanto da Europa como dos Estados Unidos. Quando a gente vai à Europa, a gente para obrigatoriamente em Lisboa. Quando a gente vai aos Estados Unidos paramos quase sempre em Miami. Fortaleza vai ser essa cidade aqui. Acho que em termos de visibilidade, em termos de negócio, colocar Fortaleza no mapa vai ser um grande benefício.
OP - Quando a BSPAR se muda
pra lá?
Fábio - Estamos finalizando os nossos projetos, devemos começar a reforma no próximo mês.
OP - Vocês têm o que em stand by aqui no mercado?
Fábio - A gente tem um land banking (banco de terrenos da empresa) bem generoso que nos permite com pouco tempo desenvolver produtos e colocar na praça. A Prefeitura está com um modelo de aprovação bem mais dinâmico. Isso ajuda bastante o mercado imobiliário. E a BSPAR está posicionando dois produtos estratégicos, um na Aldeota, outro no Cocó, onde a gente acredita que sejam os dois primeiros, mas a gente tem um land banking que nos dá fôlego para trabalhar alguns anos ainda no mercado imobiliário sem necessidade de necessariamente comprar novos terrenos.
OP - O home office concorre com a ideia de comprar uma sala comercial?
Fábio - A gente está vendo isso ser cada vez mais dinâmico. Questão de home office funciona não necessariamente todo dia. Eu fiz uma visita agora ao Vale do Silício com um grupo de empresários, passei uma semana, visitei 16 grandes empresas que nós conhecemos do Vale. Existe sempre o home office, mas às vezes é um dia na semana, uma conveniência com o funcionário, uma liberdade que a empresa dá. A verdade é que necessita ter um ambiente em que a empresa esteja instalada. Questão de coworking e home office são possibilidades, facilidades que a empresa vai dar ao funcionário para que ele dê mais produtividade para própria empresa. O próprio BS Design já é apto para isso. Nós temos lá um centro de convenções com auditório para 200 pessoas, temos salas de reuniões de vários tamanhos que permitem a empresa não ter necessidade de ter um auditório dentro do escritório delas. E ela vai pagar pelo uso. É o compartilhamento que nós chamamos. Perguntam a mim se o coworking não vai ser um concorrente do prédio comercial. Primeiro que o coworking precisa estar em um prédio comercial. Você encontra alguns coworkings na rua, mas que não oferece segurança, estacionamentos, comodidade, nem para quem quer ir de bicicleta. E os coworkings vêm enchendo os prédios comerciais de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte. Isso tem sido uma nova maneira de trabalhar.
Conceito A
É um reconhecimento internacional concedido pela empresa norte-americana Cushman. Para garanti-lo, o prédio precisa preencher 17 requisitos em engenharia, arquitetura, tecnologia, segurança e conforto. Dentre eles: terreno com laje superior a 1 mil m², gerador de energia, elevadores de última geração e moderno sistema de segurança.
Veja vídeo
Confira vídeo com entrevista na íntegra: http://twixar.me/2hJK
Tem no BS Design
• 726 unidades
• 18 lajes corporativas
• 1.527 vagas de garagem
• Bicicletário com vestiário para os inquilinos e funcionários que trabalham no prédio
• Dois helipontos
• 26 elevadores com sistema Kers (mais rápido e econômico)
• Quatro pontos de acesso: dois na Rua Visconde de Mauá, uma pela Rua Eduardo Garcia, outra pela Rua Desembargador Leite Albuquerque
• Todos as cancelas são internas. Cada rampa comporta mais de 20 carros para evitar engarrafamento externo.