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Terceirização e Segurança Eletrônica
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Terceirização e Segurança Eletrônica

Gilberto Dias e Gustavo Lima falam sobre os serviços que oferecem comodidade para os condôminos
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Gustavo Lima, diretor da Única Serviço, e Gilberto Dias, diretor da Servis Eletrônica Defense, explicam as soluções para condôminos
 (Foto: Deísa Garcêz/Especial para O Povo)
Foto: Deísa Garcêz/Especial para O Povo Gustavo Lima, diretor da Única Serviço, e Gilberto Dias, diretor da Servis Eletrônica Defense, explicam as soluções para condôminos

A portaria autônoma é uma mudança cultural que pode reduzir os custos de um condomínio em até 80%. É o que afirma Gilberto Dias, diretor da Servis Eletrônica Defense. "Existem dois tipos de portarias, aquela que é assistida, onde posso transferir para nossa central, fazer todo o atendimento, e a portaria autônoma, que dá certo para os grandes condomínios, onde o próprio morador faz a entrada e a saída dos visitantes. É uma grande opção ter uma dessas portarias."

Gilberto Dias e o diretor da Única Serviços, Gustavo Lima, em entrevista ao Mercado Imobiliário, da Rádio O POVO-CBN, contam sobre os benefícios e a mudança de cultura para implementação da terceirização e da segurança eletrônica nos condomínios de Fortaleza.

O POVO- A Servis Segurança Armada foi vendida para um grupo na Bahia, o GPS, e a Servis Eletrônica não. São duas empresas distintas?

Gilberto Dias - A Servis Segurança foi fundada em 1974 e, em 1999, nós fundamos a Servis Eletrônica Defense, que sempre teve o foco voltado para a área de tecnologia. São duas empresas distintas, com CNPJ e razão social distintos, e a Servis Segurança Eletrônica ficou fora dessa negociação com o grupo GPS, que é um grupo bastante forte e que está presente em muitos estados no Brasil.

OP- A Única Segurança é uma empresa que trabalha no setor de terceirização de mão de obra do condomínio. Dá para terceirizar o síndico?

Gustavo Lima - Na verdade, isso é um outro serviço, o síndico profissional. Nossa especialidade é zeladoria, portaria, rondista e supervisão. Essa parte de síndico é um serviço que vem crescendo no mercado, mas a nossa empresa não trabalha nesse formato. Nós trabalhamos com gestão de condomínios e terceirização para levar uma comodidade e tranquilidade.

OP- Quem trabalha com terceirização desestimula quem trabalha com segurança remota?

Gustavo - Na verdade, não. Primeiro a gente pensa no cliente. Quando eu vejo que o cliente está com a folha alta, não tem unidade suficiente e que não vai honrar o serviço, faço essa assessoria contábil e levo as soluções.

OP- O entendimento, em Fortaleza, é de que a segurança remota para condomínios grandes não seria uma solução adequada. Há uma compreensão de que é uma solução para condomínios de menor porte?

Gilberto - Existem dois tipos de portaria, aquela que é assistida, onde eu transfiro ela para nossa central fazer todo o atendimento, e a portaria autônoma, que dá certo para os grandes condomínios, onde o próprio morador faz a entrada e a saída dos visitantes. É uma grande opção ter uma dessas portarias.

OP- O que é um equipamento de pequeno porte?

Gilberto - Até 60 unidades. Como todo serviço, tem que haver uma compreensão muito boa dos condôminos porque é uma mudança de cultura e aquela figura do porteiro não vai existir mais.

OP- Em Fortaleza, qual o crescimento estimulado no mercado?

Gilberto - Eu estimo, hoje, uns 350 ou 400 condomínios já estão dotados de portarias remotas.

OP- Em relação à terceirização, teve uma mudança há pouco tempo. O condomínio pode sofrer alguma ação trabalhista mesmo com funcionário terceirizado?

Gustavo - Sim, porque ela é corresponsável. Quando se vai fazer a contratação da empresa tem que ser observado o seu histórico. Hoje, existe uma associação, a Adecon (Associação Nacional de Defesa do Consumidor), que exige toda uma norma para se participar.

OP- Como uma empresa de segurança trabalha o diálogo com os órgãos de segurança? É possível fazer esse trabalho desconectado da segurança pública?

Gilberto - O estatuto da segurança privada, que está para ser votado no Congresso, trabalha bastante essa questão. Hoje, o que é normatizado é a segurança armada, ela segue a Lei 7.002 de 1983. Então, existe toda uma regulamentação onde as empresas passam por um processo de vistoria, anualmente, que tem um sistema muito interessante, que é o GESP, que é alimentado diariamente com informações de disparo de armas, roubos, e isso é controlado pela Polícia Federal. As empresas de segurança eletrônica não passam por esse processo, mas existe um trabalho, em nível de associação brasileira, para que seja votado esse estatuto de segurança.

OP- Quem monitora o serviço de segurança eletrônica?

Gilberto - Tem uma associação, mas ela não tem poder de fechar nenhuma empresa, salvo o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), que fiscaliza o serviço de obras e instalação.

OP- É verdade que em uma empresa privada o guarda armado não pode estar na rua?

Gilberto - Verdade. Se você vir um vigilante na calçada, ele está em desacordo com a lei. Só tem dois casos que ele pode fazer isso, na segurança de cargas e na proteção executiva.

OP- Como uma empresa se adapta aos costumes e cultura do condomínio?

Gustavo - O grande diferencial nesse processo é implantação. A partir do momento que eu fecho o contrato, as empresas têm de 20 a 30 dias de rescisão do contrato. Esse período eu uso para conhecer meu cliente. Eu vou ao cliente com meu gerente operacional, nós escutamos o condomínio e entendemos qual o perfil daquele condomínio. Isso começa ser implantado da seleção dos funcionários.

 

EMPRESA TERCEIRIZADA

Antes de contratar, o síndico deve observar a postura da empresa no mercado, buscar referências com os clientes e funcionários, além de pedir certificados.

Vínculo

Para evitar a rotatividade de funcionários, as empresas de segurança investem em capacitação. "Essa rotatividade vai depender muito da empresa que está atuando. Quando o cliente me pergunta qual serviço eu presto, eu digo que não presto terceirização de mão de obra. O meu produto é o meu porteiro, zelador", diz Gustavo Lima.

 

Mercado Imobiliário

Confira o programa na íntegra em https://bit.ly/2lYd1ii

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