Logo O POVO+
LOJAS AMIGUINHO
Populares

LOJAS AMIGUINHO

No bairro Joaquim Távora, Seu Queiroz vende bicicletas e peças também de motos com simpatia e garante preços competitivos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
FORTALEZA,CE,BRASIL,28.01.2019: Francisco Queiroz, proprietário da loja Amiguinho. Lojas Amiguinho no bairro Joaquim Távora para o caderno Pop Guia de Bairro. (fotos: Tatiana Fortes/ O POVO) (Foto: Tatiana Fortes)
Foto: Tatiana Fortes FORTALEZA,CE,BRASIL,28.01.2019: Francisco Queiroz, proprietário da loja Amiguinho. Lojas Amiguinho no bairro Joaquim Távora para o caderno Pop Guia de Bairro. (fotos: Tatiana Fortes/ O POVO)

Quando nem pensava em vender bicicletas, Francisco Queiroz Nobre, 69, ficou intrigado com um fenômeno que acontecia perto da sua lojinha de artigos de presente: seu Hamilton, bem conhecido no bairro, queria alugar um ponto seu para consertar bicicletas. O comerciante reproduz o diálogo: "Hamilton, você consegue pagar o aluguel só consertando bicicletas? Ele disse: eu consigo, sim. Quem é seu principal cliente? Ele disse: é o jornal O POVO. Naquela época entregavam o jornal em bicicletas, o Hamilton ficou consertando as bicicletas do jornal e de clientes de rua".

Queiroz percebeu que em apenas dois meses a demanda crescia, Hamilton nem dava conta de tanto trabalho. Então, ele teve a ideia de vender peças, após um diálogo com o colega. "Eu disse: Hamilton, você conserta bicicleta, por que você não vende a peça para bicicleta? Ele disse: não, eu quero só fazer meu serviço. Era isso que eu queria escutar dele. Aí no dia seguinte, soltei: já que você não vai vender peça, eu vou, quais são as peças que mais vendem?", conta.

O comerciante natural de Pacoti, criado em Redenção, comprou todas as 20 peças listadas pelo inquilino, além de uma estante, onde expôs o material. Em meados de 1986, ano da criação das lojas Amiguinho, ele já não tinha os materiais que remetem ao nome da marca. "Vendia aquelas bonecas da estrela, Amiguinha, comecei a tratar as pessoas por amiguinho. Mas a coisa da bicicleta foi crescendo e os presentes encolhendo, quando eu olhei não tinha mais nada para presente, não tinha brinquedo, a bicicleta tomou espaço", explica.

Do sucesso das bicicletas, o Amiguinho Queiroz incorporou há cerca de dez anos o segmento de duas rodas ao comércio: as motocicletas. "Nosso fornecedores começaram a procurar peças para motos, hoje nós temos os dois segmentos, mas a moto é só atacado", informa. Por um tempo, a loja vendeu bicicletas no atacado, mas o comerciante sentiu falta do consumidor final e voltou a comercializar os produtos para os clientes da ponta.

Antigamente, Queiroz fazia sempre exercícios de bicicleta, "pedalava bastante". Essa relação com a "magrela", construída ao longo dos anos, ultrapassou o âmbito profissional em sua vida. "Eu tenho muito respeito pela bicicleta e tenho respeito pelo ciclista, às vezes eu me irrito: estou em um congestionamento e passam aquelas motos nas ciclofaixas. Aquilo me incomoda um pouco, não gosto de jeito nenhum. Sinceramente, o que eu sou devo muito à bicicleta", diz.

O que você achou desse conteúdo?