O assassinato do traficante Wagner Ferreira da Silva, o Waguinho, 32, em São Paulo, estaria ligado às execuções, no Ceará, de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue e de Fabiano Alves de Souza, o Paca. A informação é do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado de Presidente Venceslau (Gaeco).
De acordo com o promotor, Waguinho, como é conhecido na facção Primeiro Comando da Capital (PCC), estava no mesmo helicóptero que transportou Gegê do Mangue e Paca para serem mortos em uma área indígena de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. O Gaeco de Presidente Venceslau está acompanhando as investigações entre Ceará e São Paulo.
Waguinho, foi morto a tiros na noite de quinta-feira em frente a um hotel da zona Leste de São Paulo. O traficante, que controlaria a venda de drogas na Baixada Santista, segundo o Ministério Público e Polícia Civil de São Paulo, foi surpreendido por um grupo de homens que chegaram com fuzis. Além dele, duas mulheres que estavam hospedadas no hotel foram feridas. Elas foram levadas ao Hospital Vitória e São Luiz e não teriam ligação com Waguinho, De acordo com as suspeitas da Polícia Civil de São Paulo, o criminoso teria sido assassinato por vingança pelas mortes de Gegê do Mangue e Paca, encontrados mortos no último dia 1/2. O Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo acreditam que Wagner Ferreira é também o “Cabelo Duro”. Nome que aparece escrito em um bilhete encontrado na penitenciária de Presidente Venceslau. Lá está preso Marcos Camacho, o Marcola, principal líder do PCC e que teria ordenado a execução de Gegê e Paca.
No bilhete, as mortes de Gegê e Paca foram atribuídas a “Fuminho” (Gilberto Aparecido dos Santos). Wagner é quem teria fornecido a informação ao autor do bilhete. De acordo com informações do jornal A Tribuna, da Baixada Santista, Wagner seria o chefe do tráfico na região e teria entrado na facção ao cumprir pena em Guarujá, em 2007. O homem teria sido apadrinhado por Gegê (Demitri Túlio)