O fluxo de clientes era grande no supermercado Cometa da rua Pinto Madeira, ontem pela manhã, na Capital. No entanto, algumas gôndolas ficaram vazias pela falta de produtos, como laranja, batata e maracujá. Os preços se mantiveram altos. O quilo do tomate custava R$ 9,98, a cebola R$ 6,98 e a batata R$ 9,92.
No Frangolândia da avenida Santos Dumont, diversos produtos também estavam em falta, como cebola, batata, tomate, cenoura, laranja, maracujá, mamão formosa. Cabeças de alho preenchiam as gôndolas vazias. Segundo a gerente da loja, Flávia Sousa, o supermercado estava bem abastecido e a crise só veio ser sentida há dois dias, acarretando queda de 20% na venda de hortifruti.
Na parte de carnes e laticínios também havia estoque suficiente e não houve problema de desabastecimento. Em dia de feriado, as vendas no supermercado aumentam de 20% a 30%. “Hoje o movimento está muito bom”, avaliou a gerente.
Poucos clientes faziam as compras na manhã de ontem, quando O POVO visitou o Center Box da avenida Santos Dumont. Na parte de hortifruti, a batata inglesa tinha acabado há uma semana, mas havia disponível tomate (R$ 7,99), cebola (R$ 9,99), cenoura (R$ 4,59) e maracujá (R$ 8,99).
Os altos preços assustaram a aposentada Vicência Felício, 68. “Com tomate quase a R$ 10, não vou levar nem o que eu estava pensando”, disse enquanto fazia a feira no supermercado Cometa da rua Pinto Madeira.
Por mês, Vicência gasta R$ 800 em alimentação para ela e o marido, que está doente e precisa de uma dieta com frutas e verduras. Por conta da crise dos combustíveis, a aposentada também deixou de viajar para Pindoretama, onde passaria o fim de semana na casa da prima. Além da economia de gasolina, Vicência foi alertada pela parente sobre a falta de alimentos na região.