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Ante a urgência, a necessidade de ações
Reportagem

Ante a urgência, a necessidade de ações

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Depois dos três recentes suicídios que assustaram Ocara (a 101,6 quilômetros de Fortaleza), a prefeitura "chamou todos da rede para intervir", informa o psicólogo Wgerbesson Freire Maciel, coordenador do Creas de Ocara. Profissionais da saúde, da educação e da assistência social participam agora dos programas Vidas Preservadas (MPCE) e Pravida (UFC) e instauraram o plantão psicológico no hospital local. "A gente percebeu que as pessoas que davam entrada, no hospital, por (tentativa de) suicídio, não tinham suporte", identifica Wgerbesson. "Quando aconteceu, fomos estudando, vendo artigos, pegando experiências, estamos fazendo o curso de prevenção ao suicídio. Começamos esse olhar, a ser ampliado", completa.

Em Iguatu, destaca a psicóloga educacional Ariel Barbosa Gonçalves, ações de prevenção ao suicídio e acompanhamento da saúde mental dos jovens são implementadas para "tentar ofertar, minimamente, algum auxílio ou conforto". A pesquisa para o mestrado que ela concluiu recentemente também propôs uma oficina de educação permanente "onde o indivíduo está inserido. É o atendimento compartilhado, é a integração entre as instituições, são estratégias construídas, dia a dia, para esse cuidado do paciente. Uns com os outros".

Já em Pacoti, a psicóloga Lara Hardman, do CAPS tipo 1, diz que a rede de atenção psicossocial "tem poucos equipamentos, mas é uma rede que funciona. Temos conseguido atender situações de urgência e emergência dentro do próprio município, com suporte de um hospital pequeno. Temos um CAPS (há cinco anos) que funciona com equipe completa todos os dias da semana": são 800 pacientes com prontuário - 200 têm acompanhamento regular. Em par, são feitas "reuniões para discussão de casos, projetos com assistência social e cultura, palestras nas escolas, ações na praça, prevenção de casa em casa", exemplifica Lara.

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