O marco regulatório esperado por meio do Zeec, a partir de 2020, é acompanhado com atenção por entidades. Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (Adit-Brasil), Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE) e Câmara Setorial da Construção Civil buscam maior participação nas formulações, que também terão participação da sociedade.

O conselheiro da Adit-Brasil, Irineu Guimarães diz que o setor teme maior dificuldade de atração de investimentos na área de hotelaria, "principalmente pela característica da zona costeira, que é de planície de deflação".

"Segundo os primeiros direcionamentos do zoneamento, os empreendimentos devem ficar atrás das dunas, o que seria inviável, pois o turista quer colocar os pés na areia. Queremos que seja cobrada a legislação federal do código florestal", afirma.

No mercado brasileiro é esperada maior facilitação na concessão de licenças ambientais, que é o que tem sinalizado a União. A ideia é produzir aglomerados de resorts como acontece no México, na Riviera Maya, para desenvolver o mercado.

A realidade local, porém, é diferente. Empresário do setor na Praia do Cumbuco, Lucas Fiuza diz que há 10 anos tenta viabilizar um condomínio residencial de alto padrão de frente para o mar. "No meu empreendimento, fiz rua de acesso com licença, tudo dentro das normas, mas fui obrigado a parar por questionamentos ambientais". "O Estado está criando mais empecilhos, ao mesmo tempo em que o Governo Federal está buscando deixar a legislação ambiental mais clara e objetiva".