Rejeitada pelo Senado, a proposta que flexibilizava as regras eleitorais e instituía obstáculos para a fiscalização das prestações de contas chega hoje à Câmara. Deputado federal, Capitão Wagner (Pros) deve repetir o voto que manifestou ainda na aprovação da medida, semanas atrás.
"O Senado ouviu as ruas. O Parlamento tem que se conscientizar de que projetos como esse não podem ser votados sem uma maior discussão, sem debate", defendeu.
De acordo com o deputado, "como começou a tramitar primeiro na Câmara, a população só veio se aprofundar logo em seguida" sobre a matéria, que tinha pontos polêmicos (veja quadro ao lado). "Cabe agora a Câmara absorver as críticas e acatar a decisão do Senado", aconselhou o deputado.
Além de Wagner, votaram contra a medida Idilvan Alencar (PDT), Célio Studart (PV), Pedro Augusto Bezerra (PTB) e Heitor Freire (PSL).
"Nesse momento de crise que o País enfrenta, acho que não cabe aumentar fundo eleitoral enquanto a prioridade é equilibrar as contas públicas", respondeu o pesselista ontem.
Sobre o voto que apresentará agora que o projeto retorna à Casa para uma reanálise, Freire disse continuará "votando seguindo a orientação do nosso presidente Bolsonaro e do nosso ministro Paulo Guedes".
Dos partidos com representação na Câmara, 15 orientaram favoravelmente à aprovação do PL, entre cujos autores está o deputado cearense Domingos Neto (PSD). São eles: PT, PP, MDB, PSL, DEM, PCdoB, PV, Solidariedade, PTB, PL, PSD, PSB, PSDB, Republicanos e Pros.