Diferente dos ataques que ocorreram em janeiro de 2019, a série de atentados que começou no sábado, 21, é praticada por apenas uma organização criminosa. O POVO constatou a predominância de uma facção em todos os locais de crime que a reportagem visitou.
Conforme uma fonte do serviço reservado, a organização dessas ações está com a Guardiões do Estado (GDE), que está sem a adesão das outras facções.
Os ataques causaram um efeito contrário ao objetivo das reivindicações dos detentos, já que o titular da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque, determinou vistorias e "endurecimento" das ações do sistema penitenciário.
Conforme fonte ligada à cúpula da SSPDS, desde que o "salve" — um texto com pedidos de melhorias para as unidades prisionais e uma ameaça de ataque com explosivo foi divulgado na sexta-feira, 23, — as ações eram relacionadas apenas a GDE.
A facção protagonizou várias ações desde o início deste mês, tentando chamar atenção. A organização criminosa impediu que empresas de telefonia e Internet realizassem manutenções em residencial localizado na Capital.
Ainda em Fortaleza, surgiram mensagens em muros que determinavam a retirada das câmeras instaladas nas ruas, no período de 24 horas.