O advogado Alaor Patrício Júnior, de 25 anos, afirmou que temia por sua vida e por isso se viu sido obrigado a levar bilhetes para presos da Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves da Silva (CPPL IV). Ele acabou flagrado no início da tarde da última terça-feira, durante a vistoria dos agentes penitenciários, após ter visitado quatro detentos - não revelou quem seriam e negou atuar na defesa deles.
Em depoimento tomado na Delegacia de Itaitinga, Alaor disse que também não poderia informar o nome de quem estava lhe ameaçando do lado de fora da cadeia - os supostos destinatários - e sustenta que não sabia qual era o teor das mensagens.
Ao ser descoberto na saída da CPPL, o advogado tinha papéis escritos escondidos na cueca. Eram diversas mensagens que seriam entregues a criminosos fora da penitenciária.
Alaor Júnior foi autuado por integrar organização criminosa e por associação para fins de tráfico. Ele continua preso na delegacia de Itaitinga.
Ontem, o Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), suspendeu cautelarmente, por 12 meses, o registro de Alaor (número 39422) junto à entidade. A medida impede automaticamente sua atuação na advocacia em todo o território nacional. (Cláudio Ribeiro)