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Membros de "lista negra" ficam "em dia" com ataques
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Membros de "lista negra" ficam "em dia" com ataques

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Moradores observam ônibus incendiado na Pajuçara, em Maracanaú, na onda de ataques de janeiro (Foto: Aurélio Alves)
Foto: Aurélio Alves Moradores observam ônibus incendiado na Pajuçara, em Maracanaú, na onda de ataques de janeiro

Das 63 pessoas capturadas por suspeita de envolvimento nos ataques criminosos, até a noite desta quarta-feira, 25, O POVO identificou que 25 já passaram por audiência de custódia em Fortaleza. Desses, 17 tiveram prisão mantida, 7 tiveram prisão relaxada e uma foi liberada mediante cumprimento de medidas cautelares. Vinte e um deles haviam sido autuados na Lei das Organizações Criminosas.

Entre os presos que tiveram a prisão mantida está Francisco Romário Passos de Sousa Oliveira, conhecido como Escobar. Ele foi apontado pela Polícia Civil como chefe da facção Guardiões do Estado — ocuparia as funções de "Sintonia Final" do bairro Alto Alegre (em Maracanaú) e "Geral das Biqueiras" (pontos de vendas de drogas).

No celular do acusado, foi encontrado grupo destinado ao planejamento de ataques. Entre as mensagens que Francisco Romário teria enviado está uma em que ele parabeniza os integrantes da facção pelos atentados e comemora a repercussão. "Ainda podemos fazer mais pois não iremos recuar só vamos para (SIC) quando conseguimos (SIC) nosso objetivo que é a melhoria pros nossos ir(mãos) privados (SIC)", diz trecho da mensagem. Ele ainda diz que os membros que estavam na "lista negra" da facção vão ficar "em dia", pois "pagaram com honra".

Em depoimento, Romário, porém, negou pertencer à GDE, dizendo ser apenas simpatizante da organização por ser a facção que domina o bairro onde mora. Ele ainda foi encontrado com pequena quantidade de maconha, que disse ser apenas para seu consumo pessoal.

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