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Edifício Andréa: "Cada vez que chega notícia que não é verdadeira tem gente que passa mal"
Reportagem

Edifício Andréa: "Cada vez que chega notícia que não é verdadeira tem gente que passa mal"

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Tipo Notícia

Os boatos sobre resgates de vítimas dos escombros do Edifício Andréa, em Fortaleza, causam impacto, desgaste emocional e mais ansiedade entre familiares à espera de notícias. "Isso mexe com as pessoas. Cada vez que chega notícia que não é verdadeira tem gente que passa mal, gente que chora", comenta a professora de Enfermagem, Isabela Bonfim. Ela atua como voluntária na atenção às famílias da tragédia.

Há, explica Isabela, um cuidado ao comunicar aos familiares das vítimas sobre o resgate dos corpos. As informações só são repassadas após confirmação. "Quando um corpo é encontrado isso só chega aos familiares depois da confirmação do óbito. Um familiar reconhece e em seguida é divulgado para os demais e para a imprensa", explica.

Isabela Bonfim é professora do curso de Enfermagem da Universidade de Fortaleza (Unifor) e atua como voluntária no local desde o dia da tragédia. Ela ressalta que além dos enfermeiros, há psicólogos e fisioterapeutas. "Tem dois postos principais com médicos e enfermeiros, posto avançado do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), que fica em frente aos escombros no caso de alguma vítima (ser) encontrada e no suporte caso algum bombeiro precise. Há também um condomínio, que é um espaço para atender familiares", detalha a voluntária.

Diante das notícias ruins, "um chora, a pressão sobe, a glicemia sobe", ela lista. Para os atendimentos, "tem médico, técnico de enfermagem e psicólogos para dar suporte emocional".

A cada duas horas, o Corpo de Bombeiros divulga aos familiares detalhes sobre a operação de resgate. Apesar da disponibilização de hotéis, os parentes preferem ficar próximo do local do desabamento, especificamente nos pontos de apoio, para receber informações de forma imediata.

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