Assim como o Brasil, Argentina também profissionalizou o futebol feminino somente em 2019. A conquista chegou ao país vizinho após a atleta Macarena Sánchez, ex-jogadora do clube UAI Urquiza-ARG, processar o ex-clube e a Associação de Futebol da Argentina (AFA), pela precariedade do trabalho e pela falta de profissionalização da atividade no país.
Para o futebol argentino, o protesto de Maca, como é conhecida, fez com que a AFA formasse seu primeiro campeonato argentino profissional, com a participação de 17 clubes e uma exigência de que pelo menos oito atletas tivessem contrato profissional em cada clube.
Como incentivo, a AFA se comprometeu em ceder, por mês, cerca de oito salários mínimos para cada clube, o equivalente à 162 mil pesos (moeda argentina). Alguns clubes argentinos, como River Plate e Boca Juniors, profissionalizaram mais de 14 jogadoras.
Macarena Sánchez, além de ser contratada pelo San Lorenzo, clube que assinou inicialmente a carteira de trabalho de 15 jogadoras, foi colocada à frente do Instituto Nacional da Juventude (Injuve) do país pelo atual presidente argentino, Alberto Fernández.
Na Argentina, a audiência da Copa do Mundo Feminina de 2019 teve um aumento de 743% se comparada com a edição de 2015.