Logo O POVO+
Especial de Natal: Mortes no trânsito caem a cada ano em Fortaleza
Reportagem

Especial de Natal: Mortes no trânsito caem a cada ano em Fortaleza

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
transito (Foto: Robson Pires)
Foto: Robson Pires transito

O ano de 2019 consolidou a tendência já observada em Fortaleza nos últimos anos de redução no número de mortes no trânsito. Neste ano, até setembro, 148 pessoas perderam a vida em acidentes envolvendo carros, motos e outros veículos, conforme dados do Sistema de Informação de Acidentes de Trânsitos de Fortaleza (Siat), da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). É um número 49% menor que o registrado no mesmo período de 2014, quando foram 291 mortos em acidentes.

Este, portanto, deve ser o quinto ano seguido de redução no número de acidentes fatais. Em 2014, 377 pessoas perderam a vida no trânsito. Desde então, só redução. Até chegar em 2018, com 226 mortes registradas, o menor número absoluto de mortes no trânsito desde quando as estatísticas passaram a ser disponibilizadas, em 2001. As estatísticas são particularmente positivas porque, nesse período, Fortaleza viu aumentar o número de veículos automotores em suas ruas. Se em 2007, o número de veículos automotores não chegava a 600 mil, em 2018, esse número já ultrapassava a marca de 1 milhão, conforme o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE).

Os números da violência no trânsito podem até seguir alto, mas permitem uma perspectiva esperançosa para os próximos anos. É plenamente factível atingir a meta de redução de 50% no número de mortes de trânsito até 2020, conforme estipulado pela Prefeitura de Fortaleza. Vê-se ainda a corroboração estatística da efetividade das iniciativas de segurança viária implantadas pelo poder público. É inegável o esforço feito nos últimos anos com relação à mobilidade urbana. Incentivos para uso do transporte coletivo, como faixas exclusivas para ônibus, ampliação de ciclofaixas, ampliação de áreas de trânsito calmo estão entre algumas das principais medidas tomadas no período. São ações importantes por atingirem público particularmente vulnerável no trânsito, como ciclistas e pedestres.

Ainda que algumas dessas medidas possam soar antipáticas em uma perspectiva individual, são de fundamental importância em âmbito coletivo. É importante que não sejam postas em cheque medidas que já chegaram ao nível de consenso nas pesquisas da temática. Em prol da vida, as intervenções no trânsito devem estar sempre baseada em evidências, não em achismos.

Entenda

Fortaleza caminha para sair dos trágicos números de mortes no trânsito. Em 2016, acidentes nessa seara eram a 5ª causa de óbito na Capital cearense. Passados dois anos, esses eram o 11º motivo por ceifar vidas na Terra do Sol.

Divulgado em 2019, Relatório Anual de Segurança Viária destacou 2018 com 226 mortes no trânsito, 11,7% menor do que em 2017; e 40% menor do que em 2014. Totalizou-se, assim, quatro anos de redução de mortes no trânsito. Os gastos com mortos e feridos nas vias custaram R$ 506 milhões aos cofres públicos em 2018, 0,8% do PIB da Capital.

Porém

Um dos desafios da gestão municipal é estender as políticas de mobilidade sustentável às periferias de Fortaleza. Ciclofaixas, bicicletar, corredores exclusivos e áreas de trânsito calmo. Antes de tudo isso, é preciso pavimentar e sanear as localidades para, também, garantir o ir e vir nos tempos de chuva.

Aliar educação e mobilidade deve ser uma preocupação constante e presente em todas as ações pensadas para um trânsito mais respeitoso. É preciso investir ainda em práticas que gerem trânsito calmo em áreas com mais passagem de crianças e de pessoas com mobilidade reduzida. Abrir os olhos para os corredores exclusivos e pensar: como fazer para que todos respeitem esses espaços?

 

Menos mortes no trânsito

Fortaleza caminha para sair dos trágicos números de mortes no trânsito. Em 2016, acidentes nessa seara eram a 5ª causa de óbito na Capital cearense. Passados dois anos, esses eram o 11º motivo por ceifar vidas na Terra do Sol.

Divulgado em 2019, Relatório Anual de Segurança Viária destacou 2018 com 226 mortes no trânsito, 11,7% menor do que em 2017; e 40% menor do que em 2014. Totalizou-se, assim, quatro anos de redução de mortes no trânsito.

Os gastos com mortos e feridos nas vias custaram R$ 506 milhões aos cofres públicos em 2018, 0,8% do PIB da Capital.

Sinal amarelo

Um dos desafios da gestão municipal é estender as políticas de mobilidade sustentável às periferias de Fortaleza. Ciclofaixas, bicicletar, corredores exclusivos e áreas de trânsito calmo. Antes de tudo isso, é preciso pavimentar e sanear as localidade para, também, garantir o ir e vir nos tempos de chuva.

Aliar educação e mobilidade deve ser uma preocupação constante e presente em todas as ações pensadas para um trânsito mais respeitoso. É preciso investir ainda em práticas que gerem trânsito calmo em áreas com mais passagem de crianças e de pessoas com mobilidade reduzida. Abrir os olhos para os corredores exclusivos e pensar: como fazer para que todos respeitem esses espaços?

O que você achou desse conteúdo?