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Preço do petróleo dispara após morte de Qasem
Reportagem

Preço do petróleo dispara após morte de Qasem

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Os preços do petróleo subiram mais de 4% ontem após a morte do general iraniano Qasem Soleimani, no Iraque. A alta ocorre em meio ao temor de um conflito no Oriente Médio. No meio da manhã, o barril de Brent chegou aos 4,5% de subida de preço, chegando aos US$ 69,23, e o de WTI atingiu os 4,1%, batendo os US$ 63,71.

De acordo com Elano Ferreira, doutor em economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), é natural que haja uma certa volatilidade nos preços do petróleo diante da possibilidade de um conflito armado. "O conflito pode atingir refinarias e centrais de produção de petróleo, então os mercados internacionais e os produtores tentam se antecipar. Se a tensão perdurar, naturalmente acabam segurando um pouco a produção; já a demanda se mantém ou até mesmo aumenta", explica.

O economista alerta para a possibilidade do aumento dos preços repercutir no Brasil. "Não sei até que ponto essa tensão na região vai se manter, mas é um pouco preocupante, por conta da volatilidade do preço. Aqui nós somos muito reféns disso", conclui.

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que há possibilidade do ataque norte-americano impactar o preço dos combustíveis no Brasil. Apesar disso, o presidente descartou a estratégia de tabelamento de preços e discutirá o assunto com a equipe econômica. "Que vai impactar, vai. Agora vamos ver nosso limite aqui, porque já está alto, e se subir mais, complica. Vou agora conversar com quem entende do assunto", completou. (Vítor Magalhães com AFP)

 

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