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Governo diz que Brasil mantém nove casos suspeitos de coronavírus
Reportagem

Governo diz que Brasil mantém nove casos suspeitos de coronavírus

Alguns casos suspeitos anunciados no dia anterior foram descartados, mas outros surgiram. Governo promete instalar mil leitos de UTI em todo País
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O SECRETÁRIO substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, e o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil O SECRETÁRIO substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, e o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo

O Ministério da Saúde disse ontem que continua a monitorar nove casos de pacientes com suspeita de coronavírus no Brasil. Apesar de o número ser igual ao que já havia sido informado anteontem, casos relatados no dia anterior foram descartados, mas outros, incluídos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, entraram dois casos.

Os casos estão em Minas (1), Rio (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1). Foram notificados 43 casos a autoridades, mas nem todos são tratados como suspeitos.

A Secretaria da Saúde paulista disse que descartou a suspeita em uma criança de 4 anos da capital, mas passou a investigar possível infecção de um morador de Paulínia, no interior. Com isso, há três suspeitas no Estado. Além de Paulínia, dois moradores da capital: uma criança de 6 anos e um adulto de 33. Eles têm quadro estável e estão em isolamento domiciliar.

O ministério disse que abrirá licitação para instalar mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em todo País, para ampliar a assistência médica para possíveis pacientes. "Abriremos licitação para mil leitos e, se for necessário, ampliaremos esse quantitativo e colocaremos em funcionamento em no máximo 30 dias", disse o secretário executivo da pasta, João Gabbardo.

A União custeará a instalação, assistência técnica e manutenção dos leitos. Segundo Gabbardo, uma unidade de UTI custa de R$ 15 a R$ 20 mil por mês. O Planalto vai recriar ainda um grupo interministerial para emergência em saúde, que articulará ações. As reuniões serão feitas conforme a demanda.

Nos principais aeroportos do País, já é possível ouvir mensagens de alerta - em português, inglês e mandarim - sobre o vírus. Com um minuto, falam de sintomas e medidas preventivas. Em alguns terminais, como Guarulhos, funcionários usam máscaras de proteção. No aeroporto de Salvador, foram instalados recipientes com álcool em gel. Mas, diferentemente de terminais da Europa e dos EUA, não serão usados scanners térmicos para detectar passageiros com febre. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que esse aparelho tem baixa efetividade.

Sobre as recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que o governo brasileiro não mudará nenhuma conduta em relação ao monitoramento da doença, por enquanto.

"Não sabemos quais são as novas recomendações e amanhã (hoje) informaremos quais condutas teremos que mudar ou se vamos manter nossas posições. Até o momento, entendo que não há nada para mudar. Mas a OMS é soberana e seguiremos as recomendações", afirmou.

Segundo o secretário, o país só irá elevar o grau de risco de nível 2 para 3 quando for confirmado o primeiro caso de coronavírus no Brasil. O grau máximo significa "emergência em saúde pública de importância nacional". (Agência Estado)

 

Medida

Para acompanhar o avanço do coronavírus, o Palácio do Planalto informou nesta quinta-feira, 30, que será recriado o Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional de Internacional (GEI-ESPII).

 

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