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Comerciantes têm dúvidas sobre trânsito na Varjota após obras; AMC não esclarece
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Comerciantes têm dúvidas sobre trânsito na Varjota após obras; AMC não esclarece

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Projeto do Polo Gastronômico da Varjota prioriza passagem de ciclistas e pedestres e não permite estacionamento na área mais comercial do bairro (Foto:BÁRBARA MOIRA/O POVO). (Foto: BÁRBARA MOIRA)
Foto: BÁRBARA MOIRA Projeto do Polo Gastronômico da Varjota prioriza passagem de ciclistas e pedestres e não permite estacionamento na área mais comercial do bairro (Foto:BÁRBARA MOIRA/O POVO).

Apesar do projeto do polo em si ser bem-vindo a boa parte dos moradores e frequentadores do bairro, há ressalvas sobre a nova configuração do trânsito na região, com o incentivo do uso de outros meios de transporte que não o carro próprio. Para Berta Castro Lopes, proprietária do restaurante Marquês da Varjota, a preocupação é sobre como será o deslocamento em uma área onde a prioridade é o pedestre.

"Fico preocupada com a saída do trabalho. Eu e outros donos de restaurantes fechamos nossos negócios de madrugada e queremos saber como vamos acessar nossos carros", questiona.

A reportagem solicitou da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) informações de estudos preliminares sobre os estacionamentos, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Para Napoleão Ferreira, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará (CAU-CE), é normal haver questionamentos e dúvidas em projetos desse porte.

"Tudo o que prioriza o pedestre ou o ciclista vai ser questionado. No entanto, essa é a melhor solução para o meio urbano. Em relação à falta de estacionamentos, o que se precisa realmente é uma mudança de hábito, ou seja, largar um pouco o automóvel privado e deixar de ser dependente dele para chegar aos locais. Hoje tem outras possibilidades, como os aplicativos. Criar mais bolsões de estacionamento vai incentivar os congestionamentos", acrescenta.

"Nos anos 70 surgiram os primeiros calçadões no Centro, como os da Guilherme Rocha e Liberato Barroso, influenciados por intervenções que aconteceram em Curitiba. As pessoas ficaram duvidosas quanto ao resultado, mas a ideia se espalhou para o mundo todo", destaca Napoleão. (Flávia Oliveira)

 

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