O fato do sorotipo 2 da dengue não circular no Estado há 12 anos coloca todas as crianças nascidas desde então sob risco. Conforme Magda Almeida, assessora técnica da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), idosos também se encontram entre aqueles que exigem mais cuidado, mas o "grande problema" são, mesmo, as crianças — justamente, por nunca terem sido expostas ao vírus. Já ter tido dengue de determinado sorotipo gera imunidade ao vírus.
Entre os fatores de proteção mais procurados estão os repelentes. A Sesa alerta, porém, que a proteção ao Aedes aegypti para menores de seis meses deve se restringir a roupas e mosquiteiros. Dos 6 meses aos dois anos de idade, o uso do produto deve seguir orientações de um médico.
Para o coordenador de Vigilância à Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nélio Moraes, porém, o combate mais eficaz se dá no âmbito da prevenção. Nesse sentido, as crianças preocupam, mas todos podem estar suscetíveis ao mosquito. "É o dever de casa para todos. Fora disso, não há o que fazer". Tanques e tambores, alerta o coordenador, seguem sendo grandes repositórios de dengue. Bebedouros, ralos em desuso, galhas entupidas também são objeto de preocupação, assim como materiais acumulados nos quintais. Ele ainda lembra que a legislação municipal obriga vedar as caixas d'água. "Feito isso, você estará garantindo a segurança".
A Sesa ainda coloca pacientes com doenças crônicas, como os cardiopatas e pneumopatas, como populações que devem ter ainda mais preocupação com a dengue, já que as arboviroses podem agravar os problemas já existentes. A orientação é de que busquem atendimento de saúde logo que apresentarem os primeiros sintomas.