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Batalhões seguemocupados e viaturas, retidas
Reportagem

Batalhões seguemocupados e viaturas, retidas

Fortaleza.
Edição Impressa
Tipo Notícia

O segundo dia de paralisação de policiais militares seguiu com batalhões ocupados e viaturas impedidas de circular. O 18º BPM, no bairro Antônio Bezerra, concentrava o maior número de agentes. Usando balaclava, eles interditavam a rua no local até o fechamento desta edição. O Comando de Policiamento de Choque (CPChoque) também permanecia no entorno, mas não houve registro de confronto.

No 17º BPM, no Conjunto Ceará, ao menos cinco viaturas e dez motos estavam paradas, com pneus secos, na manhã de ontem. No 12º BPM, em Caucaia, também durante a manhã, esposas impediram a saída de policiais da unidade. Conforme disse Mari Santos, companheira de um policial, foram tomadas e paradas 21 viaturas no local.

No 16º BPM, em Messejana, viaturas que fazem o patrulhamento da região ficaram estacionadas no pátio. Não havia, porém, CPChoque. Enquanto O POVO esteve no local, cerca de dez esposas de policiais ocupavam o batalhão, enquanto grupo de policiais, de tamanho semelhante, se reunia em frente à unidade.

Uma esposa de policial que preferiu não se identificar mostrava indignação com a proposta de reajuste salarial do Governo do Estado. Ela leu um conjunto de reivindicações do movimento, que iam desde o pagamento em parcela única do acumulado da inflação nos últimos cinco anos à anistia de todos os militares que participaram do movimento.

Um policial, também de identidade preservada, afirmou que as reivindicações tocavam em questões como a carga horária excessiva, a violência que sofrem os policiais na atividade e os consequentes transtornos psicológicos. Mesmo assim, ressaltou que os policiais estão há seis anos sem reajuste da inflação. "O aumento vai sair até 2022, então, vão ser três anos sem poder dar um pio porque teoricamente está aumentando o dinheiro — quando não está repondo nem a inflação", criticou.

O Corpo de Bombeiros não aderiu à paralisação dos agentes de segurança pública do Ceará.(Lucas Barbosa)

 

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