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Policiais rejeitam aceno do Governo do Estado
Reportagem

Policiais rejeitam aceno do Governo do Estado

Ceará. Segurança
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CATEGORIA decidiu permanecer parada após proposta
 (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE CATEGORIA decidiu permanecer parada após proposta

Os soldados que estão paralisados no 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no bairro Antônio Bezerra, recusaram um aceno do Governo do Estado, que teria prometido não punir policiais que retomassem o trabalho e não tivessem sido identificados.

A oferta foi levada à unidade militar por comitiva de senadores formada por Eduardo Girão (Podemos-CE) e Major Olímpio (PSL-SP), que estiveram reunidos ontem com o governador Camilo Santana (PT) para tentar mediar uma saída para a crise na segurança do Ceará.

Na conversa com os policiais, que contou também com a presença do deputado federal Capitão Wagner (Pros), a concessão foi colocada na mesa, mas recusada pela categoria. Também participaram da rodada o deputado estadual Soldado Noelio (Pros), o vereador Sargento Reginauro (sem partido) e Cabo Sabino.

Procurado pela reportagem, Sabino nega que tenha havido proposta do Governo. "Não houve proposta do Camilo. A proposta é dizer que os que abandonarem o quartel não serão punidos? Ele está incitando os policiais a permanecer com balaclava", disse.

Um dos líderes desse movimento, o ex-deputado federal acrescentou que o Abolição "está irredutível" e que não houve menção a qualquer mudança na mensagem que reajusta os salários dos militares.

"A ideia é que (o Governo) manteria apenas o que já está na Assembleia Legislativa e não atenderia nenhum dos pontos (da pauta dos policiais, como o aumento dos ganhos na mudança de patente)", declarou. "E não tiraria as punições de quem já foi identificado."

A paralisação da PM chegou ao terceiro dia ontem. O epicentro do movimento é exatamente o 18º BPM, mesmo quartel onde teve início a suspensão dos trabalhos dos agentes de segurança em 2011 e 2012, ação que projetou Capitão Wagner.

Questionado sobre a presença do Exército no Ceará a partir de hoje e a possibilidade de desocupação do quartel, tomado inicialmente por um grupo de mulheres na terça passada, Sabino afirmou: "Ficamos felizes que o Exército está chegando, mas o sentimento da tropa é de permanecer". (Henrique Araújo) (atualiza matéria da página 8)

 

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